
Nada de equipamentos ou roupas de luxo. Para praticar basta dispor de uma barra de ferro na vertical e disposição para ficar com alguns roxos pelo corpo. Antigamente visto como uma dança típica de boates de strip tease, o pole dance vem quebrando preconceitos. Hoje o esporte, sim, esporte, toma espaço em academias, muda a vida de mulheres e conta com competições mundiais.
Em uma aula comum de academia, é possível perceber um público fiel e bem variado. Há mulheres casadas, solteiras e menores de 18 anos, gente acima do peso e até cinquentona. Os motivos dessa assiduidade e disposição toda é: “a busca pela sensualidade, flexibilidade e coragem”. As características são as mais citadas pelas alunas de uma academia de Brasília.
“Acho muito sensual e foi isso o que chamou mais a minha atenção. Era receosa no começo por conta do meu peso, mas hoje vejo que isso não tem nada a ver”, descreve a advogada Mariani Ribeiro.
Embora seja um esporte que arranca suspiros dos rapazes pela sensualidade e delicadeza, o pole dance é mais arriscado do que parece. Os movimentos são precisos e exigem concentração extrema do atleta. “Se alguém cair com a cabeça para baixo é perigoso até morrer”, destaca a professora Lilian Carius.
Ela mantém procura intensa por certificações e diplomas e quer se profissionalizar para competir fora de Brasília. Para isto, a professora ousa nas decisões. “Quero virar profissional, mas o meu desejo é competir em dupla numa mesma barra”, projeta.
Competição
Em abril, a Confederação Brasileira de Pole Dance levou a terceira edição do Mundial ao Rio de Janeiro. Agregado ao Arnold Classic – competição de fisiculturismo que leva o nome do ex-ator hollywoodiano, Arnold Schwarzenegger -, 100 atletas de 36 países participaram. Por ser um esporte novo, as regras e pontuação ainda são triviais. Basicamente, vence uma categoria quem executar mais e melhor os movimentos específicos dela dispostos no regulamento.