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Pilotos e organização garantem segurança da Red Bull Air Race

Arquivo Geral

20/04/2007 0h00

Acrobacias ousadas em grandes cidades trazem emoção aos expectadores da Red Bull Air Race, que já vive sua quarta temporada, mas faz a estréia na América do Sul neste ano, com o Rio de Janeiro como sede. Apesar das manobras radicais dos aviões, os pilotos garantiram que a prova não oferece maiores riscos a quem sai de casa para observar o espetáculo.


 


“Tudo corre dentro do programado e os pilotos são muito experientes e já acostumados a fazer acrobacias aéreas há muitos anos. Se você for parar para ver, é tão perigoso quanto corridas de barcos, de motos e de carros. E a gente ouve falar muito mais em acidentes com corridas de carros” afirmou o espanhol Alejandro Maclean.


 


Alejandro é o mais jovem entre os 14 pilotos que disputam a temporada, com 37 anos. Mesmo assim, tem quase 20 desde que começou a voar em seu ultraleve. Antes de entrar na Red Bull Air Race, o espanhol já passou por alguns sustos nos ares. Em um deles, sua aeronave se partiu e o piloto teve que se ejetar com um pára-quedas a mais de 200 metros de altitude.


 


Para ser aceito na Red Bull Air Race, os pilotos obrigatoriamente precisam possuir experiência em acrobacias aéreas. Inclusive, muitos deles são instrutores de vôo. De acordo com os organizadores, grandes feitos em competições aéreas internacionais também contam como pré-requisitos. Além disso, os pretendentes passam por uma etapa de qualificação que ocorre ao fim de cada ano, como o austríaco Hannes Arch, que participa de sua primeira temporada de Corrida Aérea. “Não é fácil estar aqui, pois você não pode se dar ao luxo de errar. É preciso saber com as situações mais extremas” conta Arch, que trabalha como base jumper profissional.


 


Ao entrar no Circuito Mundial de Corrida Aérea, os pilotos também já sabem como lidar em um caso de emergência onde enfrentem problemas com seus aviões. Um dos mais experientes e também idealizador da Red Bull Air Race, o húngaro Peter Besenyei explica qual o procedimento padrão em uma situação extrema. “O primeiro procedimento em caso de qualquer problema com o avião é tentar levar o avião de volta para o aeroporto. Caso isso não seja possível por qualquer motivo, a gente joga o avião na água”, avaliou.


 


Responsável pela organização da prova no Rio de Janeiro, Ricardo Gertrudes também minimiza as chances de qualquer acidente com o público que assiste a prova. “Não tem chance de acidentes, pois todos os cuidados necessários são tomados. Temos 150 metros de distância em uma área onde não temos nada, nenhum barco. Tudo é feito para que os pilotos tenham toda a segurança para fazer a prova sem problemas” explicou.


 


Beleza do Rio: Escolhida como a primeira cidade da América do Sul a receber os aviões da Red Bull Air Race, o Rio de Janeiro foi aprovado por todos os pilotos que competiram na Cidade Maravilhosa.


 


“É a primeira vez que venho ao Rio de Janeiro e estou gostando bastante. Fui muito bem recebido por todos e a cidade é realmente maravilhosa” comentou o húngaro Peter Besenyei. O piloto, no entanto, deixou claro que as belezas naturais da cidade e a festa do público não são capazes de tirar sua atenção na hora da prova. “Durante o vôo não dá para prestar atenção na paisagem ou no público, pois a concentração é total em fazer um bom percurso. Mas é claro que antes e depois da prova a gente consegue ver tudo lá de cima”, completou.


 


Aos 60 anos e competindo em corridas aéreas desde 2002, o alemão Klaus Schrodt já rodou por muitas cidades, mas garantiu ter ficado encantado com as belezas do Rio de Janeiro. “Posso afirmar sem dúvida nenhuma que é um dos lugares mais bonitos que já voei. A paisagem é realmente fantástica. Estou muito feliz por competir no Rio de Janeiro”, contou Klaus.


 


A decisão de colocar o Rio de Janeiro na lista de sedes da Red Bull Air Race foi tomada há mais de um ano. De lá para cá, várias reuniões foram realizadas para que tudo corresse de forma perfeita. “Eles já acalentavam este sonho de expandir a competição para o mundo inteiro. E a Red Bull Air Race é uma competição que une velocidade, perícia e também o cenário. A prova já esteve em vários cartões postais do mundo e não poderíamos deixar de trazê-la para o Rio de Janeiro”, analisou Ricardo Gertrudes.

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