Menu
Mais Esportes

Pilotos de motovelocidade sentem na pele a falta de patrocínio em Brasília

Arquivo Geral

13/04/2012 14h42

Rener Lopes

rener.lopes@jornaldebrasilia.com.br

 

Apoio e patrocínio. Essa é uma das maiores queixas dos pilotos de motovelocidade que competem no Campeonato Brasiliense, cuja temporada 2012 será aberta neste fim de semana no Autódromo Nelson Piquet. Uma das maiores dificuldades dos corredores é que as empresas de Brasília apoiem a competição.

 

É o que explica o bombeiro militar Robson Martins, que corre há três anos com uma moto de 250cc. “Infelizmente, tudo que fazemos aqui é bancado por nós. Até mesmo para um simples treino, não possuimos apoio, sequer das lojas especializadas em motociclismo. Já fora do Distrito Federal, a receptividade é bem maior e o apoio do empresário acontece de forma massiva”, disse.

 

Vale lembrar que, para cada piloto competir, o gasto – por etapa – é de quase R$ 700. Já pra uma viagem interestadual – em um local próximo como Goiânia -, o custo é de, no mínimo, R$ 1,4 mil. Como explicado por Robson, todo o valor é entregue pelo próprio competidor.

 

Robson começou a correr através de um curso de formação de pilotos; “Eu realizei as aulas e, já no primeiro treino, o pessoal da organização viu que eu corria já entre os cinco primeiros”, afirmou. Mas, o inesperado aconteceu: “no primeiro treino classificatório, fraturei o punho e passei oito meses parado. Depois, resolvi competir com uma moto menor e já ganhei na primeira prova”, vibra.

 

Problemas no Autódromo

Não é só na parte financeira que os pilotos encontram dificuldades. A reportagem do portal Clicabrasilia verificou que a pista do Autódromo Nelson Piquet tem diversos problemas. Logo na primeira curva do circuito, a pista foi recapeada e ficou muito mais abrasiva, podendo ocasionar diversas quedas.

 

O contador Hugo Rodrigues opinou sobre o pouco cuidado que a pista possui: “Muitos pilotos deixam de competir porque existem rachaduras, não podaram o mato – dificultando a visibilidade nas curvas – e a pista não tem a pintura reforçada”, conta. O advogado Marcos Henrique corrobora a opinião do amigo Hugo: “Eu não tenho coragem de colocar a minha moto numa pista desse jeito”, ressaltou.

 

Hugo também disse que é difícil de levar convidados no autódromo para acompanhar as provas: “Os próprios pilotos tem que levar a infraestrutura, como cadeiras, mesas e alimentação. Não temos um restaurante decente e sequer banheiros limpos para o pessoal poder usar. Fica complicado dessa maneira”, contou.

 

O diretor da competição Alan Ricardo, contou que até o fim de 2012 a pista será demolida e reconstruída. “O projeto de reforma do Autódromo é de R$ 1,5 mi, verba esta que será doada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA)”, relatou. O local foi construído em 1971 e nunca passou por uma grande reforma, somente por maquiagens, caso da parte elétrica, que foi trocada recentemente.

 

Serviço

As provas da primeira etapa do Campeonato Brasiliense de Motovelocidade acontecem no domingo (15), a partir das 10h e serão disputadas em seis categorias. A entrada para acompanhar será gratuita e o amante da velocidade deve entrar no site www.capitalracing.com.br e imprimir o ingresso.

 

Já a entrada para o Paddock (área dos boxes) será vendida por R$ 10, com seguranças a disposição e acesso aos camarotes.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado