Distante da Mercedes tanto no Mundial de Construtores, quanto na disputa entre os pilotos, a Ferrari tem pés no chão quando o assunto é uma recuperação da esquadra italiana no campeonato e prefere pensar em resultados positivos mais a longo prazo. Uma das razões para o pessimismo, na visão do chefe ferrarista Marco Mattiacci, é o regulamento, que não permite maiores ajustes nos motores dos carros.
“O regulamento não permite um trabalho mais radical para que seja possível tirar essa diferença. O que podemos fazer agora é trabalhar com a confiabilidade”, disse o italiano, após a corrida do último domingo, na Áustria.
Mattiacci ainda afirmou que a Ferrari está passando por um período de adaptação, mas confirma que a escuderia tem um planejamento que pode dar frutos no futuro: “Estamos entendendo melhor as nossas fraquezas e estamos trabalhando nisso. Mas também temos um planejamento, uma estratégia, mas estamos guardando isso para nós. Não quero dar nenhuma vantagem aos nossos adversários”.
Já para o finlandês Kimi Räikkönen, que terminou a última corrida em décimo, o regulamento é igual para todos e mudanças precisam ser feitas não só nos motores das Ferraris: “Estamos mais ou menos no mesmo lugar. Acho que depende muito da pista, mas isso acontece também com outras equipes. Por outro lado, nós precisamos de melhorias muito maiores no motor e na parte aerodinâmica no momento. Só assim conseguiremos alcançar a Mercedes”.
Companheiro de Kimi na Ferrari, o espanhol Fernando Alonso pensa mais a longo prazo: “Em um ano, muita coisa pode acontecer e já vimos alguns casos nos últimos anos. Neste ano, especialmente, tudo ainda é muito novo, por isso espero que em 2015 a gente consiga dar um grande passo adiante”, disse em entrevista ao site Grande Prêmio.
Bicampeão da Fórmula 1, Alonso está em quarto lugar, com 79 pontos, 86 atrás do líder Noici Rosberg, da alemã Mercedes. No Mundial de Construtores, a Ferrari se encontra na terceira posição, com 98 pontos, com 203 de distância da equipe prateada.
