O clássico catarinense entre Malwee/Jaraguá e Unisul/Penalty, nesta segunda-feira às 19h15, já mereceria atenção o bastante por si só na Liga Futsal. Porém, ganhará especial destaque por ser a primeira partida da história da competição que contará com uma mulher na dupla de arbitragem.
A honraria ficará a cargo da auxiliar Giselle Torri, de 26 anos. Ela já havia tido a experiência de apitar no futsal masculino durante o Campeonato Catarinense, mas não esconde a ansiedade antes do torneio nacional. “Acredito que antes de começar o jogo devo ficar um pouco nervosa, mas logo nos primeiros minutos concentro na partida e isso passa. Espero fazer um bom trabalho para que a Liga Futsal também se abra para a arbitragem feminina”, afirma Giseli.
A auxiliar catarinense é filha de um árbitro de futsal e iniciou sua aventura no esporte em 2000, aos 19 anos. Três anos depois, chegou ao quadro nacional, onde recebeu o reconhecimento da confederação brasileira da modalidade: neste ano, ela foi indicada pela CBFS à composição do quadro da Fifa. De quebra, ainda quebra um tabu de seis anos, desde a mudança da regra, sem uma arbitragem feminina na Liga.
“É uma responsabilidade muito grande, pois todos estarão me observando. Será a oportunidade de mostrar que existem diversas mulheres que estão fazendo um bom trabalho e merecem o mesmo espaço ocupado pelos homens. Espero que eu seja apenas a primeira de várias outras que estarão na Liga Futsal”, afirma a auxiliar.
Atualmente, o quadro de arbitragem da CBFS é composto por 39 árbitras de diversas regiões do país. Para dar maior visibilidade à classe, a Fifa criou um quadro específico de mulheres na arbitragem, contando com quatro brasileiras entre as oito escolhidas em todo o mundo. Além de Giselle, o Brasil forneceu Katiucia Meneguzzi dos Santos (PR), Alane Jussara da Silva Lucena (CE) e Renata Neves Leite (PB).