Cem mil quilômetros afastam o piauiense, ex- cortador de cana, Renato Campino de finalmente entrar no Guinness Book (livro dos recordes). Em cima de uma bicicleta simples, mas toda personalizada com as cores e bandeiras do Brasil, acredite, ele pretende dar a volta ao mundo na “magrela”.
Em cima de duas rodas, Renato tem tudo por perto. Com fita adesiva e amarrações, ele improvisa caixas de ferramentas, bolsa com documentos pessoais, garrafa de água e até um cofrinho para arrecadar o dinheiro transformado em passagem, alimentação e hospedagem. “Eu moro no mundo todo. Tenho casa nos quatro cantos do planeta”, brinca o ciclista.
Ao longo de cinco anos com a ideia inusitada e trocando de bicicleta 17 vezes, até agora Renato acumula 300 mil quilômetros. O ciclista já passou por países como Espanha, Israel, México, Egito, Turquia entre outros. Brasília é o ponto de referência do atleta que sempre retorna à capital.
“Sempre sou bem recebido por onde vou. Somente no Iraque não senti tanta cordialidade, mas acho que o idioma atrapalhou”, brinca.
De acordo com ele, tudo está registrado em fotos e filmagens que mais tarde podem ser transformados em um longa-metragem. “Quero passar adiante a minha experiência e escrever um livro também”, sonha.
Descanso merecido
Mais três anos são suficientes para concretizar o sonho. Mas por enquanto Renato vai permanecer no Brasil e descansar. De partida a São Paulo para a abertura da Copa do Mundo, em julho, o ciclista sonha em fazer parte da abertura do Mundial. “Não sei como, mas vou conseguir”, diz.
Além do recorde, Renato tem como meta disseminar a cultura de preservação do meio ambiente. Por isso a escolha da bicicleta, um veículo não poluente e saudável.