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Para Ipea, Rio deve priorizar investimentos na cidade visando Jogos de 2016

Arquivo Geral

03/09/2008 0h00

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo no qual recomenda ao Rio de Janeiro que priorize os investimentos na cidade em seu projeto olímpico.


A cidade é uma das finalistas da disputa pela sede dos Jogos de 2016, ao lado de Madri, Tóquio e Chicago.


A entidade afirmou que o Rio deve seguir o exemplo de lugares como Pequim e Barcelona, que priorizaram o desenvolvimento da cidade, e não o evento. O relatório concluiu que a organização dos Jogos é viável e pode trazer benefícios aos cariocas.


De acordo com o Ipea, a realização de um evento deste porte é um “grande gerador de desenvolvimento e empregos na cidade-sede, na região e no país”.


“Mas o investimento para a realização dos Jogos deve focar a cidade e a região, não o evento. Antes dos estádios, ginásios, piscinas e alojamentos, é importante pensar na questão das facilidades de transporte e comunicação, na questão ambiental e na segurança”, disse o estudo.


Os economistas se basearam em análises de alguns casos de sucesso, como as edições do evento em Barcelona (1992), Sydney (2000) e Pequim (2008).


Após analisar os investimentos realizados por estas três cidades, os economistas concluíram que o principal desafio é manter a atividade econômica que ocorre no período de preparação aos Jogos.


O Ipea também lembrou que é preciso ter cuidado para que não se repitam os erros cometidos por Atenas, sede de 2004. Em meio ao medo do terrorismo, os gastos com turismo foram reduzidos, enquanto a receita com segurança foi ampliada.


“Nesse caso, pode-se incluir no legado uma grande dívida, indesejada, que precisou ser assumida pelo governo grego. E, para agravar, houve denúncias de uso indevido dos recursos públicos”, disse o estudo.


Para os economistas, é preciso “estudar os erros do Comitê Organizador dos Jogos de Atenas para tentar evitar que se repitam no futuro”.


O estudo elaborado pelos economistas Marcelo Weishaupt Proni, Lucas Speranza Araujo e Ricardo L. C. Amorim, concluiu que o evento é capaz de gerar um impacto “bastante positivo”.


“Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), impulso ao turismo, aumento das oportunidades de emprego e reestruturação urbana são algumas das benesses prometidas para as cidades que se candidatam a sediar o evento”, disse o relatório.


 

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