Enfrentar os melhores nunca é desejo de ninguém, ainda mais para o estreante da Superliga Feminina, o Brasília/Vôlei.
Classificado para os playoffs, o time candango tem hoje, às 21h30, a chance de fugir de um verdadeiro bicho-papão, o Osasco.
As paulistas são as líderes do torneio sem nem uma derrota sequer em 25 partidas disputadas, e enfrentam na próxima fase a pior equipe na classificação.
Atualmente na oitava colocação, o Brasília/Vôlei é esse provável adversário e, por isso, precisa vencer logo mais o Campinas, no ginásio do Sesi, em Taguatinga.
Vencer, entretanto, não é o bastante, já que as candangas podem perder no máximo um set e torcer contra o São Caetano, que joga contra o Minas no mesmo horário. Nesta situação, as duas equipes trocariam de posições.
Pensamento maior
Satisfeita com a classificação para os playoffs, a capitão da equipe, Paula Pequeno, se mostra desconfortável com um possível comodismo pela simples conquista da vaga. Para a jogadora, vencer hoje e ter a chance de avançar ainda mais na próxima fase é seu combustível para alçar voos maiores. “Sempre carreguei isso comigo. Sei que era o nosso alvo chegar aqui, mas eu sempre quero dar o meu melhor e avançar ainda mais”, destaca a ponteira.
Com os pés no chão, Paula sabe que daqui para frente tudo será ainda mais complicado caso se classifique como pior time colocado e encare o Osasco. “Não sei explicar a sensação, mas vamos estar em quadra com o esporte na veia e sangue nos olhos. O nosso futuro depende muito disso”, expõe a atleta brasiliense.
Rio de Janeiro de olho na vice-liderança
Sob as ordens do técnico José Roberto e da capitã Waleska, o Campinas chama a atenção principalmente por conseguir se manter na segunda colocação à frente do atual campeão, o Rio de Janeiro.
Disputando a vice-liderança palmo a palmo, a decisão ficou para logo mais, na última rodada da fase inicial. Além de Brasília/Vôlei x Campinas, o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, enfrenta seu arquirrival Osasco, às 21h30, no Maracanãzinho.
Afastada das quadras por lesão na panturrilha esquerda, que a deixou quase dois meses parada, a levantadora Fofão é certeza no jogo de hoje, já que a campeã olímpica voltou às quadras na última rodada.
“Meu retorno foi muito emocionante. Nem sei como descrever. Consegui fazer todos os movimentos sem sentir dor e pude ajudar o time. Esse é meu objetivo sempre”, disse a atleta à Confederação de Vôlei.
O clássico entre Rio de Janeiro e Osasco é um dos mais aguardados pelo público. Esse será o 72º duelo entre os dois times na história da competição.
Até hoje, o time carioca venceu 39 confrontos e a equipe de Osasco 32. Além dos números expressivos, os dois times chegaram às últimas nove finais da Superliga. (K.M.O.)