Após perder o combate contra Floyd Mayweather, na madrugada de sábado para domingo, Manny Pacquiao, admitiu que uma antiga lesão no ombro direito, problema que quase o impediu realizar a “luta do século”, comprometeu seu desempenho no ringue. O boxeador chegou a pedir, horas antes do combate, uma injeção analgésica para amenizar o incômodo, solicitação que não foi atendida pela organização do evento.
Sofrido há cerca de duas semanas em um treinamento, o mal jeito no ombro voltou a incomodar nos últimos dias, o que fez tanto o lutador quanto o técnico intervirem na Comissão Atlética de Nevada para pedir a aplicação de analgésicos antes da luta. Segundo um dos organizadores, porém, o pedido foi feito tardiamente. “Não fomos questionados sobre a injeção até o início da noite, e não fomos informados do problema antes da pesagem. Decidimos não aceitar devido ao caráter tardio do pedido”, explicou.
O técnico do filipino, Freddie Roach, contou que exames realizados previamente não mostraram comprometimento algum da região afetada, o que fez Pacquiao não abrir mão do combate – que fez o boxeador embolsar 180 milhões de dólares (ou pouco mais de R$ 540 milhões).
“Uma antiga lesão no ombro, que aconteceu durante um treino há algumas semanas, o fez interromper a preparação. Fizemos exames de ressonância, demos entrada com as medicações e o ombro começou a ficar cada dia melhor. Daí decidimos ir até o fim”, contou.
Pacquiao, que levou a pior na avaliação dos três árbitros da luta, confessou que a partir do terceiro assalto não conseguia mais disparar golpes com o braço direito. Fora um juiz, que assinalou 118 a 110 a favor de Mayweather, considerando que o filipino levou a melhor em apenas dois rounds, os outros dois deram a vitória ao norte-americano por 116 a 112.“A dor voltou no terceiro round e depois disso não pude usar minha mão direita corretamente. Mas acho que fui para cima e tive um bom aproveitamento nos dois últimos assaltos”, ponderou. “Fiz um bom combate e acredito que eu que ganhei”, finalizou.
