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Organizadores da Volta da Espanha de ciclismo descontentes com investigação de envolvidos em doping

Arquivo Geral

09/05/2007 0h00

Com o aumento no número de casos de doping no ciclismo, organizadores da Volta da Espanha declararam seu descontentamento com a falta de progresso na megaoperação contra esquemas de substâncias ilegais, conhecida como Operação Porto, comandada por investigadores espanhóis.


 


“O alemão Jan Ullrich anunciou sua aposentadoria e Ivan Basso, da Itália, servirá um ano de suspensão do esporte. Fora da Espanha, os ciclistas se sentem mais ameaçados”, afirmou o vice-diretor da competição espanhola, Victor Cordero, em entrevista publicada no jornal As, nesta quarta-feira.


 


O organizador foi além. Para ele, os atletas que não foram julgados pelas provas obtidas na Operação Porto, serão indiciados em outros países. “É muito difícil explicar porque nada acontece por aqui. Você não pode deixar de imaginar que em algum dia na França, ou em outro lugar, algum ciclista espanhol será condenado por ter cometido crimes.”


 


Em março, o juiz responsável pelos casos de doping resolveu arquivar as investigações e não apresentou nenhuma condenação aos ciclistas, alegando falta de evidências. No entanto, a Justiça espanhola decidiu apelar contra a decisão e estuda meios de reabrir o inquérito.


 


Por outro lado, o diretor geral da Volta da Espanha, Ignacio Ayuso, fez um apelo aos demais atletas implicados com casos de doping. A exemplo de Ivan Basso, que na segunda-feira admitiu ter tido a intenção de se dopar, o dirigente acredita que outros ciclistas deveriam assumir seus erros.


 


“Nós precisamos de profissionais corajosos, que podem ajudar a Justiça. Para podermos avançar nas investigações, desejamos que os atletas possam responder sinceramente a seguinte questão: as bolsas de sangue encontradas pela polícia espanhola são suas?”, concluiu Ayuso.

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