Desde 12 de novembro, quando a investigação do Tribunal de Contas do DF (TCDF) resultou na suspensão da licitação para a reforma do Autódromo Nelson Piquet, a Novacap trabalha para cumprir o compromisso de receber a Fórmula Indy, em 8 de março de 2015.
No dia 29 de novembro, a empresa estatal decidiu usar recursos próprios na obra e as máquinas não pararam mais. Ontem, os operários davam sequência ao processo de retirada do asfalto antigo e de ampliação das áreas de segurança – esta etapa inicial, segundo a licitação suspensa, está orçada em R$ 37 milhões.
Ao contrário das greves baseadas nos atrasos dos pagamentos dos servidores públicos do DF, os trabalhadores da Basevi – empresa terceirizada contratada pela Novacap para fazer os reparos – afirmaram estar com os salários em dia.
“Não tenho o que reclamar. Mas, se o meu pagamento estivesse atrasado, com certeza estaria ali no meio dos professores protestando”, afirmou um dos funcionários, que preferiu não se identificar.
O Jornal de Brasília tentou contato com a Basevi para saber se o GDF tem honrado os compromissos, mas ninguém da empresa foi localizado.
As obras
No fim da tarde de ontem, enquanto servidores protestavam em frente ao Palácio do Buriti, parte dos maquinários estava parada próxima à ponte de acesso aos boxes do autódromo. Uma outra frota continuava com a retirada do antigo asfalto do anel interno do circuito.
A área de escape também ganhava cuidados especiais. Um trator posicionado atrás dos boxes recolhia a grama antiga do local para aumentar o espaço da pista.
Tempo escasso
As obras seguem em ritmo acelerado devido à proximidade da prova da Fórmula Indy na capital. Com a suspensão da licitação, a Novacap teve de adotar um plano B e tem menos de três meses para adequar o local. Os organizadores da etapa candanga seguem com discurso otimista.