Roberto Wagner
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As obras no Autódromo Nelson Piquet foram paralisadas há exato um ano. No dia 12 de janeiro de 2015, a cidade vivia a expectativa de retornar ao calendário das competições internacionais, com a chegada da Fórmula Indy, quando a Novacap publicou no Diário Oficial do DF o cancelamento da licitação para a reforma do local.
Os indícios de sobrepreço superior a R$ 35 milhões no projeto, além de cobranças em duplicidade e outras irregularidades motivaram a revogação. Desde então, a fila de eventos cancelados aumentou gradativamente e tem tudo para ser esticada em 2016.
A Terracap admite que “ainda não há previsão para a realização da licitação e nem para o início das obras”.
Estimada em R$ 40 milhões, a continuação da reforma deve ocorrer com recursos da própria Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal, que irá repassar o montante por meio de convênio.
“A Novacap, por meio de licitação, irá contratar as empresas especializadas para a conclusão da pista e a instalação dos elementos de segurança – barreiras de pneus, defensas metálicas, construção de boxes e banheiros”, esclarece a Terracap, por meio da assessoria de imprensa. Resposta esta que vem sendo dada desde o ano passado, mas difícil de ser cumprida.
Início em novembro de 2014
A reforma do Autódromo Nelson Piquet se arrasta desde novembro de 2014. A confirmação de Brasília como sede da etapa de abertura da Fórmula Indy em 2015 abriu o caminho para as obras no local.
Inicialmente, os projetistas do novo traçado e instalações do local calcularam que as intervenções custariam cerca de R$ 250 milhões.
As mudanças envolviam ampliação das arquibancadas, reforma da pista, construção de nova área de boxes, além de itens de segurança.
Esta obra, no entanto, foi embargada pela Justiça depois de o Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) em conjunto com o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apontarem diversas irregularidades.