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O clima tropical não atrapalha em nada na prática do esporte gelado

Arquivo Geral

21/11/2014 8h32

Quem gosta de assistir a filmes norte-americanos está acostumado a ver cenas de beisebol, futebol americano e basquete, mas um em especial também toma conta das telinhas: o hóquei sobre o gelo. 

Ao assistir a uma partida é impossível não se assustar com as tacadas, mas os atletas garantem que a proteção utilizada pelos jogadores é capaz de evitar a maioria das lesões. Mesmo assim, é possível ver vídeos no Youtube de jogadores deixando a quadra com ferimentos graves. 

Mas e quando o gelo derrete? Na Inglaterra, os amantes do hockey adaptaram o esporte aos patins de rodinhas, e, desta maneira, ele pode ser muito bem praticado nos lugares onde o gelo não predomina em nenhuma estação do ano. Pensando nisso, alguns brasilienses resolveram praticar o esporte da capital do País.

O time Brasília Hockey in-line, único elenco do DF e ativo da cidade há sete anos, conta com apenas 15 atletas – este número chegou a ultrapassar a casa dos 30, quando contavam com o apoio de uma instituição de ensino privada, em 2012. Na época, contavam até com um time feminino.

Por ser um esporte desconhecido aos brasileiros, o vice-presidente da Associação Desportiva de Hockey de Brasília (ADHB) Igor Corrêa sabe que é difícil conseguir apoio de imediado. Enquanto a ajuda não vem, eles treinam no centro poliesportivo da Candangolândia. “O piso daqui é muito bom, embora a quadra não seja adaptada para o esporte. A gente só precisa tomar alguns cuidados”, analisa Igor.

A quadra pode não ser apropriada, mas o movimento todo feito por eles chama a atenção. O local é aberto e atrai olhares de qualquer morador da cidade que passe por ali e se depare com homens “de armadura”. Foi assim que o jovem Henrique Castro,16,integrou o grupo. 

“Sempre acompanhei a liga estrangeira e não sabia que tínhamos um time aqui. Descobri e na semana seguinte já estava aqui com o meu patins”, recorda o estudante. Ele está no time há um ano e mostra muita habilidade sobre as rodas.

Pode melhorar

O grupo conta com a presença de alguns membros de um projeto da Polícia Federal. Com a parceria feita, a equipe deve se mudar.

A nova quadra é a própria da entidade e só não está sendo utilizada por estar em reforma. “Se tudo der certo, ano que vem estaremos lá”, espera Igor.

Troca de experiências

Na semana passada, alguns integrantes do Brasília Hockey in-line foram convidados a defender a equipe Vipers, de Contagem (MG), no campeonato estadual.

O técnico/atleta Igor Corrêa foi com mais quatro amigos e não só trouxe mais experiência ao restante do grupo, como foi o MVP da competição e artilheiro, com 8 gols.

“O hockey é um esporte de equipe, mas o desempenho pessoal de cada atleta conta bastante no final. Eu sempre brigo com o meu time pedindo mais empenho e dedicação de cada um. A gente tem que aprender a ter paixão mesmo”, orienta.

Valores salgados

Para praticar o esporte é preciso colocar o bolso para sofrer. Igor calculou um valor mínimo de R$ 1.900 – baseado nos equipamentos para quem deseja iniciar no esporte.

“É caro porque a gente usa muita coisa. É muita proteção. E ter um equipamento no mínimo razoável faz toda a diferença”.

O patins, próprio para o esporte, sai a R$ 500. Caneleira R$ 200, cotoveleira R$ 200, girdle (fraldão) R$ 200, capacete R$ 250, luvas R$ 200, taco R$ 350 e o disco custa R$ 30.

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