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Novatos pedem passagem aos veteranos na Formula 1

Arquivo Geral

26/08/2014 8h42

Foto:REPRODUÇÃO/PORTALBUSCAR.COM.BR /Por melhor que seu carro seja, a versão mais atual sempre toma a atenção por se tratar de uma novidade.  A analogia  é válida quando  levada  para  brigas entre pilotos na Fórmula 1.

A “novidade” tem levado vantagem na queda de braço com a experiência ao longo dos anos na categoria. Neste ano, a disputa que chama a atenção é  entre Lewis Hamilton e o novato da escuderia alemã Mercedes, Nico Rosberg. 

A história nos mostra que já na década de 1980, quando as batalhas entre pilotos de mesma equipe estavam no auge, o mais experiente enfrentou dificuldades.

Um dos maiores pilotos da história, Nikki Lauda, tinha razão em não querer a contratação, na época, o francês Alain Prost. O título de 1984, com 0,5 ponto de diferença para Prost, e diversas discussões internas mostraram isso. No ano seguinte, Prost se tornou campeão e Lauda, desmotivado, se aposentou.

Consolidado na grande equipe, Alain Prost teve que engolir, quatro anos depois, uma jovem promessa do automobilismo: Ayrton Senna. Os dois protagonizaram o que foi considerado o melhor time da história da Fórmula 1. 

Na primeira temporada, Senna provou o porquê de sua escolha, e conquistou seu primeiro título.

No ano seguinte, porém, depois do emblemático acidente no Japão, quando Prost tentou tirar Senna da prova e acabou fazendo o brasileiro cometer uma manobra penalizada pela FIA, conquistando o título. Campeão, Prost preferiu deixar o time, e Senna venceu a queda de braço.

O melhor dos duelos

A tentativa de batida que desclassificou Ayrton Senna e tirou o Mundial de Pilotos de 1989 do brasileiro  não foi a única batalha entre Ayrton e Alain Prost na Mercedes. Na pista, a disputa começou logo no primeiro ano, quando no GP de Portugal, Senna empurrou Prost contra o muro dos boxes. No GP de San Marino, Prost deu o troco ultrapassando o brasileiro,  ferindo um acordo, na ocasião, de não se atacarem nas primeiras voltas. Durante os anos que estiveram na Mclaren, os dois tinham carros semelhantes, e copiavam, um do outro, os acertos dos carros para poderem competir entre si

Pupilo protegido
 
Em 2007, as desavenças entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso começaram no GP da Hungria, quando o espanhol bloqueou o inglês nos boxes, no treino classificatório, impedindo a saída do inglês. Alonso foi punido. O chefe de equipe, Ron Dennis, preferiu seu pupilo, e naquele clima ruim, Alonso partiu.
 
Gente grande
 
A briga entre pilotos de mesma escuderia não é uma particularidade da Mclaren. Desde que chegou a Williams, Nelson Piquet nunca agradou a Nigel Mansell, e os dois travaram vários duelos. Em 1987, Mansell não conseguiu segurar Piquet. Em pé de guerra, Mansell foi mantido e Piquet dispensado.
 
Qual será a escrita da vez?
 
Rosberg estreou na Fórmula 1 uma temporada antes de Hamilton. No entanto, o inglês está na Mercedes desde o ano passado, e já pode ser considerado um veterano por ser mais famoso que o companheiro.
Ambos têm a mesma idade, e no que diz respeito ao fato de o alemão estar estreando na equipe este ano, além da vantagem no número de pontos na disputa do Mundial de Pilotos, Rosberg sai na frente na queda de braço.
 
Mísitca
 
Mas nem tudo está perdido para o inglês. Outro fator que pesa para o veterano da Mercedes é o número de poles. 
 
Com uma a menos que o alemão, Hamilton leva vantagem. Das 16 vezes em que os companheiros de time disputavam o título, em cinco delas, quem tinha mais pole, perdeu.

 

 

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