Por melhor que seu carro seja, a versão mais atual sempre toma a atenção por se tratar de uma novidade. A analogia é válida quando levada para brigas entre pilotos na Fórmula 1.
A “novidade” tem levado vantagem na queda de braço com a experiência ao longo dos anos na categoria. Neste ano, a disputa que chama a atenção é entre Lewis Hamilton e o novato da escuderia alemã Mercedes, Nico Rosberg.
A história nos mostra que já na década de 1980, quando as batalhas entre pilotos de mesma equipe estavam no auge, o mais experiente enfrentou dificuldades.
Um dos maiores pilotos da história, Nikki Lauda, tinha razão em não querer a contratação, na época, o francês Alain Prost. O título de 1984, com 0,5 ponto de diferença para Prost, e diversas discussões internas mostraram isso. No ano seguinte, Prost se tornou campeão e Lauda, desmotivado, se aposentou.
Consolidado na grande equipe, Alain Prost teve que engolir, quatro anos depois, uma jovem promessa do automobilismo: Ayrton Senna. Os dois protagonizaram o que foi considerado o melhor time da história da Fórmula 1.
Na primeira temporada, Senna provou o porquê de sua escolha, e conquistou seu primeiro título.
No ano seguinte, porém, depois do emblemático acidente no Japão, quando Prost tentou tirar Senna da prova e acabou fazendo o brasileiro cometer uma manobra penalizada pela FIA, conquistando o título. Campeão, Prost preferiu deixar o time, e Senna venceu a queda de braço.
O melhor dos duelos
A tentativa de batida que desclassificou Ayrton Senna e tirou o Mundial de Pilotos de 1989 do brasileiro não foi a única batalha entre Ayrton e Alain Prost na Mercedes. Na pista, a disputa começou logo no primeiro ano, quando no GP de Portugal, Senna empurrou Prost contra o muro dos boxes. No GP de San Marino, Prost deu o troco ultrapassando o brasileiro, ferindo um acordo, na ocasião, de não se atacarem nas primeiras voltas. Durante os anos que estiveram na Mclaren, os dois tinham carros semelhantes, e copiavam, um do outro, os acertos dos carros para poderem competir entre si