O boicote liderado pelas equipes à Seleção Brasileira feminina de basquete trouxe problemas para o técnico Antônio Carlos Barbosa no evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Mas abriu oportunidades para jogadoras que nunca tinham sido convocadas e agora querem aproveitar a chance.
Dos 12 nomes convocados originalmente por Luiz Augusto Zanon, antigo técnico, sete pediram dispensa alegando motivos pessoais, e duas se lesionaram. Isso obrigou Barbosa a fazer uma convocação de emergência de cinco atletas na véspera da apresentação do grupo. O trabalho começou com apenas 11 atletas – a 12ª só se integrou à equipe nesta quinta-feira.
“Quando a Adriana [Santos, coordenadora de Seleções Brasileiras femininas] me ligou, eu estava dormindo voltando de viagem. Achei que fosse um sonho. Fiquei muito feliz e surpresa, principalmente por ter apenas 17 anos. Quero dar o meu máximo para esse grupo que confiou em mim”, disse Lays da Silva, convocada pela primeira vez.
As outras estreantes na equipe nacional são Anna Beatriz de Oliveira, Mariane Carvalho e Júlia Carvalho, esta a última a se integrar ao grupo comandado por Barbosa. Quase todas têm passagens pelas equipes de base da Seleção, mas ficaram surpresas com o chamado para o time principal.
Para Anna Beatriz de Oliveira, atleta do Jaraguá-SC, o susto foi ainda maior quando viu que seu nome estava na lista, já que nunca jogou pelo Brasil. O evento-teste do basquete para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 ocorre de 15 a 17 de janeiro, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra. Brasil, Austrália, Argentina e Venezuela competem no quadrangular.
“Nunca defendi a Seleção Brasileira. Então foi uma surpresa muito grande para mim. Foi uma estreia e tanto. Demorou para cair a ficha depois que fui chamada. O Cristiano Cedra e o Júlio Patrício [assistentes técnicos] já haviam conversado comigo há um tempo sobre essa possibilidade, mas eu não acreditava”, revelou Anna Beatriz.
