A expressão séria, a força e a atitude impiedosa com as adversárias é algo que Ronda Rousey deixa para quando a porta do octógono se fecha e a luta vale cinturão.
Em entrevista durante o UFC em Brasília, ela falou sobre diversos assuntos. Na maioria das respostas, a jovem lutadora arrancou risadas dos jornalistas.
Aproveitando a passagem pelo Brasil, ela já avisa quem quer enfrentar: a brasileira Bethe Correia, a Bethe Pitbull, que vem enfileirando as chamadas “Quatro Amazonas”, grupo composto por três lutadoras, além da própria Ronda.
“Quero lutar contra a Bethe. Aliás, eu quero lutar com a Bethe no Brasil. Acho que seria um grande evento e eu adoraria fazer parte dele”, aponta a campeã.
A forma com que a paraibana vem pedindo os combates no UFC não incomoda a campeã. Pelo contrário, ela até mesmo elogia o que a brasileira, invicta na organização norte-americana, está fazendo.
“Acho que é extremamente inteligente da parte dela. É uma das coisas que eu estava sentindo falta no MMA feminino. Fico feliz que as meninas estejam se tornando mais atraentes para os fãs. As histórias por trás das lutas se tornam mais interessantes e o combate não fica só em quem é atleticamente melhor”, sentencia.
A volta às lutas
Recuperada de uma fratura no dedão, sofrida na luta contra a canadense Alexis Davis, Ronda já sabe quando quer voltar a lutar.
“Adoraria fazer parte do card de 3 de janeiro, que terá Jon Jones x Daniel Cormier. Adoro lutar nos cards do começo do ano, que são alguns dos maiores do ano e adoro dirigir para as lutas. Tive uma péssima experiência vindo para cá de avião”, brincou sobre o problema do radar da aeronave que a traria para Brasília na sexta-feira. O imprevisto atrasou a chegada da lutadora à capital e ela não participou dos eventos promocionais do UFC.
Elogios à mãe
Ainda sobraram elogios à sua mãe, AnnMaria De Mars, primeira norte-americana a ganhar um Mundial de Judô, em 1984.
“Minha mãe é tudo para mim. Ela é a razão por eu ser uma lutadora e tudo o que há de melhor em mim”, revelou.
Promessa de novo evento
O torcedor brasiliense que compareceu ao Ginásio Nilson Nelson para assistir ao primeiro UFC da história na capital e saiu com gosto de “quero mais” pode ficar tranquilo.
O evento pioneiro recebeu diversos elogios e a vice-presidente do UFC no Brasil garantiu que a organização norte-americana voltará à cidade.
“O evento foi um grande sucesso. Em tudo o que fizemos na cidade, a população compareceu e eu só tenho a agradecer. Não posso precisar quando, mas com certeza vamos voltar”, frisa.
Jackson gostou
Membro principal da Jackson’s MMA e treinador de estrelas da modalidade como Jon Jones e Andrei Arlovski, o técnico Greg Jackson também faz coro pela cidade. Segundo ele, o Nilson Nelson não deixa a desejar em relação a algumas arenas onde ele já esteve com atletas pelo mundo.
“Eu amo Brasília. Todas as pessoas são muito gentis e educadas. Mesmo na posição de adversários, as pessoas foram muito legais com a gente, agradeço por isso. Se tivéssemos que lutar sempre em Brasília, eu estaria feliz com isso”, disse.