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Nelsinho reduz participação na Nascar por falta de patrocínio

Arquivo Geral

17/02/2014 15h45

O brasileiro Nelsinho Piquet mudará o rumo de sua carreira no automobilismo novamente. Piloto da Nascar nos últimos três anos, ele não disputará a temporada completa da categoria de turismo norte-americana em 2014 e dedicará parte de seu tempo a provas do Global RallyCross, que conheceu no último ano.

Na temporada de 2013, Nelsinho participou da Nationwide Series, segunda categoria da Nascar, e não teve os resultados que esperava. Além de frustrado com os rumos da categoria, que segundo ele resiste a promover mudanças e implementar novas tecnologias, o brasileiro não conseguiu acertar patrocínio para o ano inteiro nos Estados Unidos.

Nelsinho encerrou o campeonato de 2013 da Nationwide na 12ª colocação geral com a oitava posição da prova do Kentucky como a melhor do ano. Com 861 pontos conquistados na temporada, em que chegou no top-10 em outras três corridas, foi o terceiro melhor estreante, atrás de Alex Bowman, 11º, e Kyle Larson, oitavo.

“Meu foco no momento vai ser dar uma explorada. É difícil vender 35 corridas na Nascar não sendo americano, não tendo transmissão de televisão direito aqui no Brasil, fica complicado viabilizar. Por enquanto vou tentar experimentar várias coisas”, revelou Nelsinho à Gazeta Esportiva.

O filho do tricampeão mundial Nelson Piquet migrou para o automobilismo de turismo norte-americano após deixar a Fórmula 1 durante a temporada de 2009. À época, ele foi substituído na equipe Renault pelo francês Romain Grosjean, um dos destaques da última temporada correndo pela Lotus.

Nos Estados Unidos, fez também duas temporadas completas na Nascar Truck Series, em que venceu duas provas em 2012. No mesmo ano, em um evento esporádico subiu ao lugar mais alto do pódio na corrida de Road America da Nationwide, categoria em que competiu regularmente no último ano sem obter os resultados esperados.

“A Nascar está sofrendo um pouco, como todas categorias do mundo, por causa da economia, mas está tendo dificuldade em dar uma evoluída. Eles têm aquele padrão antigo deles, medo de tecnologia, não querem mudar muito”, afirmou o brasileiro, que também citou o longo calendário da Nationwide como problema para suas pretensões. “Realmente funciona para o americano, o cara que nasceu e cresceu lá, mas é um pouco difícil para mim. Não poderia fazer mais nada”.

A principal atividade de Nelsinho Piquet em 2014 será o Global RallyCross, campeonato que conheceu no ano passado. Ele foi um dos pilotos a defender o X Team, equipe brasileira |criada para participar do Mundial da categoria disputada em circuitos fechados e que misturam trechos de pista de asfalto e terra, além de curvas fechadas e até saltos.

Nelsinho aprovou a experiência e também causou boa impressão nas equipes. Em 2014, ele defenderá um time internacional, ainda não divulgado, na categoria que terá os Campeonatos Norte-americano, Europeu e Mundial. Nos fins de semana livres, deve correr na Nascar, buscando também uma inédita vitória na Sprint Cup, elite do automobilismo de turismo norte-americano.

“A proposta do RallyCross é muito boa e consigo fazer as duas coisas sem perder muito o foco. Ainda quero vencer uma corrida da Cup, só que sem fazer o campeonato todo. Minha grande chance de ganhar será em um circuito misto, mas mesmo assim quero ser um piloto a vencer em todas categorias da Nascar”, disse.

Um dos primeiros desafios de Nelsinho Piquet na temporada de 2014 do automobilismo será em ainda outro campeonato. Ele competirá com o amigo Átila Abreu na etapa de abertura da Stock Car, disputada em duplas no dia 23 de março no Autódromo de Interlagos. O anúncio oficial de seu calendário deve ser feito na próxima semana.

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