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NBB: hermano endiabrado

Arquivo Geral

26/01/2014 11h15

Sempre que ocorre o clássico do Novo Basquete Brasil (NBB), UniCeub/Brasília e Flamengo, não se espera outra coisa a não ser um grande jogo, cheio de variáveis e emoção. Como não poderia deixar de ser, a vitória rubro-negra por 81 x 79 foi eletrizante, decidida nos segundos finais, porém manchada por um fato lamentável, o impedimento do trabalho da imprensa por parte da segurança do evento.

A festa estava bonita por parte das duas torcidas, muito barulho fora de quadra para prestigiar um jogo extremamente disputado dentro de quadra. O primeiro quarto, disputado ponto a ponto, terminou com a vantagem de somente um ponto para os cariocas. 

Os dois grandes elencos estavam bem inspirados, mas como todo grande clássico, um nome sempre acaba sendo a chave para a conquista. Poderia ser Marcelinho, recheado de histórias de grandes atuações e confusões no Ginásio Nilson Nelson. Poderia ser Olivinha, um dos destaques da partida e do Flamengo na temporada. Mas ficou para o jovem armador Laprovittola anotar um incrível duplo-duplo, com 33 pontos e 12 rebotes, deixando a capital federal com assinatura de craque. O argentino vem fazendo um grande campeonato em seu primeiro ano atuando no Brasil, mas apesar disso, mantem um discurso humilde. “Tenho que jogar o meu melhor a cada dia. Sou jovem e tenho que aprender mais a cada dia. Por isso vim ao Flamengo, pois quero seguir crescendo”, afirmou.

Para o técnico rubro-negro José Neto, o jovem argentino tem aproveitado bem a forma que o time vem jogando. “O Flamengo é um time que libera o jogo dele. Alas como Marquinhos e Marcelinho marcam bastante e não podem ajudá-lo em muitas oportunidades. Isso propicia  ele usar sua habilidade”.

Alex Machucado

Mesmo o jogo sendo duríssimo, o Flamengo ficou na vantagem quando o capitão do UniCeub, o ala Alex, fraturou o nariz depois de uma pancada sem intensão do pivô Meryisse. A fratura tirou o jogador imediatamente da partida, no momento em que os candangos estavam melhores. Segundo os médicos, Alex ficará, pelo menos, dez dias parado, desfalcando a equipe nos três próximos confrontos.

O cara

Com 33 pontos o argentino Laprovittola foi o nome do clássico. Com um vasto arsenal repleto de tiros de longa distância, boas infiltrações e assistências, o Rubro-Negro vem mostrando que é  grande contratação que se esperava no início do ano. O camisa 7 ainda pegou 12 rebotes.

O vacilão

Antes de enfrentar o Flamengo, Ronald vinha fazendo grandes atuações pelo UniCeub/Brasília. Com impressionantes 27 pontos contra o Macaé, o jogador conseguiu mais uma vez a confiança de Sérgio Hernandez e começou como titular. Porém, seu baixo rendimento na partida foi como um banho de água fria. Com cinco rebotes e nove pontos, o pivô não conseguiu desempenhar um bom trabalho, e foi presa fácil para Shilton e Meyinsse. Cabe ao jovem jogador se reerguer na próxima partida e mostrar que seu alto rendimento não é simplesmente um lampejo de uma boa fase. Mas é preciso calma, pois se trata de um garoto.
 
Derrotados reclamam
 
Já no vestiário, o ala/pivô Guilherme Giovannoni não aliviou contra a arbitragem do clássico. O jogador foi protagonista do último lance do jogo bastante discutível. Na marcação de Laprovittola, Giovannoni reclamou de uma falta, ignorada pela arbitragem. “Perder para o Flamengo pode até acontecer, o que não pode é sair de jogo com essa marca no braço e não ser apitada falta. Falam para pararmos de reclamar, mas acontece algo assim, como vou ficar sem reclamar?”, disparou.
 
O UniCeub se reforçará com o ala americano Jimmy Baxter, de 32 anos e 1,98m de altura, Ele estava no  Quimsa, da Argentina, na última temporada.
 
Tumulto
 
Antes do final da partida, diversos veículos de comunicação se direcionaram para o local indicado pela assessoria de imprensa do time para entrevistar os atletas. Entretanto, um segurança, contratado para controlar o evento, ou seja, sem vínculo com o UniCeub,  conhecido como Índio, quis aparecer, impedindo a entrada dos jornalistas, causando transtorno entre torcida, que queria assistir aos minutos finais da partida, e os profissionais de imprensa que tentavam passar pelo local indicado.
 
Em determinado momento, alguns torcedores do UniCeub, irritados com a situação, começaram a jogar água em direção à imprensa, impedida de realizar o seu trabalho normalmente.
A assessoria de comunicação do time candango explicou que tal medida foi tomada para priorizar a segurança dos atletas, por isso a imprensa foi liberada para trabalhar tardiamente.

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