Rafael Nadal está animado. Após um começo do ano difícil, o espanhol conseguiu encontrar seu jogo e deu sinais, nos últimos torneios do ano, do bom tênis que o tornou um dos melhores de seu esporte. Por isso, o rei do saibro está confiante para iniciar 2016, e celebra sua possível volta à disputa dos Jogos Olímpicos.
O atual número 5 do mundo já conquistou a medalha de ouro em 2008, em Pequim. Porém, a ausência em Londres, devido a uma lesão no joelho, faz o canhoto vir ao Brasil com vontade de ganhar.
“Em 2012 foi um momento muito duro não poder estar lá. A experiência dos Jogos é especial, portanto é claro que estou muito esperançoso em voltar”, revelou ao jornal El País.
Nadal iniciou o ano com problemas, com derrotas inesperadas e um jogo facilmente adaptável aos adversários. O tenista relatou o mau momento que viveu e a surpresa por uma queda de rendimento assim acontecer com alguém que há tanto tempo figura nos lugares de maior destaque do tênis mundial.
“É uma situação estranha de descontrole da respiração e do tempo. Isso é consequência da ansiedade. Como isso pode ocorrer a essa altura? Suponho que as lesões influenciam, além do fato de eu ser sempre exigente comigo mesmo, de querer alcançar o máximo. São sensações que em certo momento são difíceis de entender, mas que ocorrem”, confessou.
O nove vezes campeão de Roland Garros, contudo, deu a volta por cima e nos últimos torneios oficiais do circuito, como o Masters 1000 de Shangai e o ATP Finals, voltou a fazer exibições de gala, com vitórias sobre nomes importantes, como Andy Murray e Stan Wawrinka, números 2 e 4 do mundo, respectivamente.
“No final, só resta aceitar o problema e trabalhar para uma solução. Tive muita dificuldade, demorei meses para superar, mas também chega um momento lógico em que você relaxa e diz: ‘Bem, vou jogar tênis, porque não esqueci como jogar, não é?’ Mais do que um problema do tênis, foi um problema mental”, declarou.
Durante o ano, o Toro Miúra chegou a seis finais, sagrando-se campeão em Buenos Aires, Hamburgo e Stuttgart. Além disso, ficou com o vice em Madri, Pequim e Basel.