Embora seja de nome semelhante ao de um programa da TV, o Circuito Corujão tirará as famílias do aconchego do sofá e balde de pipoca. Com percursos de 5 e 10 km, a corrida de rua acontece às 20h, no Parque da Cidade.
Com quatro kits nas mãos – dos dois filhos e o do genro-, o economista Marcos Pelegrini garantiu o programa de sábado à noite com a família. “Corro há mais de 30 anos e estar com a família é sempre bom em um momento desses”, comentou.
Mesmo assim, Marcos garante que o clima amistoso fica fora do circuito. “Na hora de cruzar a linha de chegada é cada um por si. Fui eu quem os viciou nisto”, brinca o atleta, de 60 anos.
Assim como Marcos, as amigas desde a adolescência Jacqueline Caselli e Rejane Amorim começaram há dois anos quando a balança acusava o sobrepeso de ambas. Uma perdeu 12 quilos e a outra oito, respectivamente.
Correndo juntas desde então, essa força de vontade rotineira conseguiu tirar os maridos sedentários de frente da tela da televisão. “Quando a gente não treina eles já vêm querendo saber o porquê. O marido da Jacque começou a correr, mas prefere a bicicleta. O meu vai estar conosco amanhã (hoje)”, explica Rejane.
Outra estrela maior
O calor será praticamente o mesmo e a umidade relativa do ar também, mas é a Lua quem tomará conta do céu dando uma trégua aos competidores do Corujão. O horário foi apontado pela maioria como o preferido para a prática esportiva.
“O rendimento é bem melhor e, com as luzes, a cidade fica ainda mais bonita. Eu sempre opto por corridas com horários assim”, conta a empresária Jacqueline.
Opinião esta compartilhada com outros colegas de rua. “É ruim correr com baixa umidade, mas nada é pior, para quem corre, do que o sol quente na cabeça no alto da tarde”, disse o advogado Carlos Andrade.
Antes de chegar ao cerrado e aos brasilienses, o circuito passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.