Um intercâmbio cultural na Nova Zelândia rendeu muito mais que o fotógrafo Vitor Schietti poderia imaginar. Agregado ao currículo escolar da instituição que estudava por lá, aos 15 anos, ele teve de escolher entre aprender surf ou escalada. A segunda opção brilhou mais os olhos e, com altos e baixos, Vitor caminha para o 13º ano consecutivo na prática do esporte.
Hoje, a parede de resina, habitual no esporte, é algo que o profissional de 28 anos tira de letra. “A gente costuma dizer que é um esporte ingrato. Se você ficar um mês sem praticar, o corpo vai sofrer para voltar ao ritmo anterior. Geralmente, quem começa no muro logo dá um jeito de escalar na pedra, no meio do mato”, conta.
Diferentemente da maioria, Vitor optou por iniciar os exercícios direto na natureza. O muro de resina, por sua vez, fica como “manutenção” do esporte. Vitor diz, inclusive, que não pensaria duas vezes em treinar sempre na natureza. Mas, como não é possível, diverte-se também em um centro de escalada na 711 norte.
“Aqui dentro (no local das atividades) tem toda aquela parte social do esporte, mas fora é infinitamente melhor”, comenta.
Melhorias
Cansada dos exercícios repetitivos da academia, a bióloga Marcela Galo descobriu a escalada e, com 15 dias de prática, já nota mudanças positivas em seu corpo.
“Não tinha força no braço e olha… Estou até mais fortinha”, brinca.
Condicionamento físico, alongamento, respiração e psicológico controlados, alívio do estresse, musculatura resistente e a busca pelo ponto de equilíbrio ideal são alguns dos atrativos da modalidade.
Quando turmas aceitam o desafio de ir à natureza, o objetivo é fazer a famosa escalada à vista. Nela, o circuito é finalizado da maneira mais precisa possível sem que o atleta precise utilizar os equipamentos anti-queda, ainda que estejam disponíveis.