O tenista britânico Andy Murray deu à torcida inglesa uma emoção que ela não sentia desde 1938. O tenista nascido em Dunblane, na Escócia, avançou à final de Wimbledon, ao derrotar nesta sexta-feira (6) o francês Jo-Wilfried Tsonga por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/4, 3/6 e 7/5. O último jogador da casa a avançar à decisão do torneio, o mais tradicional do mundo, havia sido Henry “Bunny” Austin, vice-campeão há 74 anos.
Quarto colocado do ranking mundial, Murray conviveu com críticas nas últimas temporadas por suas eliminações em três semifinais seguidas em Wimbledon. Este ano, no entanto, conseguiu vencer Tsonga para mudar os comentários sobre suas atuações em casa.
Para continuar fazendo história nas quadras do All England Club, Murray terá desafio complicado na final. Ele encara o suíço Roger Federer, algoz do sérvio Novak Djokovic na semifinal. O tenista da Basileia busca seu sétimo título em Wimbledon para se igualar a Pete Sampras como maior campeão do torneio na Era Aberta e retomar a liderança do ranking mundial.
Um britânico não é campeão de Wimbledon desde 1936, quando Fred Perry conquistou seu terceiro título consecutivo na grama londrina.
Murray iniciou a partida desta sexta-feira jogando com muita segurança e em 35 minutos venceu a primeira parcial. Mantendo o ritmo, ele marcou 6/4 no segundo set e ficou perto da vitória. A partir do terceiro set, no entanto, Tsonga mudou seu estilo de jogo e passou a atuar com mais agressividade.
Batendo com força do fundo da quadra, ele deixou Murray acuado e conseguiu vencer a parcial. No quarto set, o britânico aparentou ter se recuperado e conseguiu vencer o serviço de Tsonga logo no quarto game, o francês devolveu a quebra na sequência e empatou.
O jogo seguiu igual até o 12º game, quando Murray encaixou boa sequência de devoluções e conseguiu vencer o saque do francês para vencer a partida e avançar à final. Ele foi ovacionado pelo público e deixou a quadra central do All England Club visivelmente emocionado.