Mais conhecido com o nome no diminutivo, ele ostenta números no superlativo e fez história na Fórmula 1. Rubens Barrichello, mais conhecido como Rubinho, piloto que mais correu num F-1, hoje pilota na Stock Car. Em dois anos em um carro completamente diferente dos monopostos que guiou por muito tempo, ele conseguiu feitos que outros lutam anos para conquistar: uma corrida do milhão, em agosto, e a segunda colocação no campeonato nacional, com 145 pontos – meio ponto atrás do primeiro, Átila Abreu. Ao Jornal de Brasília, o piloto promete melhorar ainda mais.
O que melhorou na sua vida depois que “trocou” a Fórmula 1 pela Stock Car?
Ah… melhorou tudo. As pessoas não têm ideia do quanto é diferente um carro de turismo em comparação a um fórmula. Tudo muda, desde não enxergar os pneus do lado de fora do carro até o calor intenso, que é muito maior dentro do cockpit.
No ano passado, você terminou o campeonato em 8º lugar, uma marca generosa para quem estava estreando na categoria. Em 2014, está meio ponto atrás do primeiro colocado, a apenas três etapas para o fim desta temporada. O que faltou no Rubinho de 2013 para alcançar marcas tão boas?
Conhecimento de tudo. Desde o carro, estranho para mim até então, a integrantes da equipe que era novidade na minha vida. Outro ponto fundamental que me faltou foi a experiência numa categoria completamente nova. Faltou também entender o que o carro queria de mim e o que eu queria do setup. A junção de tudo isso contribuiu para o meu resultado no ano passado.
Diante desta experiência e conhecimento que faltavam, era previsto que, neste ano, tudo melhorasse?
Nós fomos bem demais para um ano de estreia, mas começamos 2014 com objetivo bem maior: buscar a vitória. E até agora ela está bastante nítida.
A Corrida do Milhão (disputada no começo de agosto) foi uma surpresa e tanto para quem acompanha a sua curta história na Stock Car. Você não só ocupou o lugar mais alto do pódio pela primeira vez na categoria, como levou a bagatela de R$ 1 milhão para casa. Além do prêmio generoso, o que mais levaria em consideração sobre esse dia especial?
A corrida veio em hora perfeita. Não só pelo dinheiro, mas de como ela foi vencida. Larguei na pole position e, nas últimas voltas da prova, disputei o prêmio acirradamente com Thiago Camilo. Cheguei ao final com uma pequena margem de tempo na frente dele.
Os seus números neste ano são muito bons. Números não alcançados por vários pilotos que disputam na Stock por muito tempo. Em seu segundo ano na categoria, imaginou alguma vez que os resultados viriam tão rápidos?
O desempenho e o resultado aparecem após muito trabalho e foco. Trabalhei muito com a equipe pra saber onde podíamos melhorar, tanto o meu lado como o da minha escuderia.
Já que você está tão bem na Stock Car em tão pouco tempo, o que podemos esperar do Rubinho até o fim da temporada 2014? E no ano que vem?
Podem esperar sempre muito empenho. A Stock é extremamente competitiva e a bola tem que estar sempre no alto para lutar por vitórias e títulos.