A Michelin quer voltar a fornecer os pneus para a Fórmula 1 a partir do ano que vem e visa colaborar com o aumento de emoção na categoria. A empresa francesa acredita que os compostos da próxima temporada devem ser maiores, mais resistentes e que permitam mais ataques entre os pilotos.
Nesta semana, a fabricante francesa e concorrente da Pirelli, fornecedora desde 2011, confirmou o envio de uma proposta à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para se tornar a provedora dos compostos a partir de 2017.
Por sua vez, Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F1, disse que o retorno da Michelin – forneceu pela última vez em 2006 – seria prejudicial. Mesmo assim, o diretor de esportes a motor da empresa francesa, Pascal Couasnon, acredita que possa trabalhar com o britânico de 84 anos e ajudar a tornar a categoria mais empolgante.
“Nós, obviamente, poderíamos fornecer os compostos diferentes e sugerir um carro que funcione para tantas voltas com o pneu, mas atacando o tempo todo. Um piloto não teria que esperar o pneu se desgastar. Você pode criar uma regra onde é obrigado a fazer o pit-stop, e uma equipe pode até escolher reutilizar um pneu em particular uma ou duas vezes. Então, há coisas que podem ser feitas sem que os pilotos andem com 70% do que podem fazer, como é o caso de agora”, disse Couasnon ao site Autosport.
O diretor da Michelin acredita que os compostos de 13 polegadas, usados atualmente, precisam ser sacados e dar lugar a pneus maiores. No entanto, a resistência da FIA pela mudança se dá pelo fato de que os carros teriam um aumento de peso em cerca de 4,5kg por roda, o que atrapalharia as ambições das equipes em tornarem os bólidos mais rápidos a partir de 2017.
“Acreditamos que as rodas de 18 polegadas fazem sentido, e por que não 19 ou 20, se for preciso? O importante é fazer algo que seja próximo da realidade. Hoje, nas pistas e nas ruas, você não vê pneus de 13 polegadas e com laterais altas. Essa é a razão pela qual propomos algo mais moderno, e o principal é isso. E acredito que a Pirelli está começando a concordar conosco, o que é bom”, explicou Couasnon.