O astro LeBron James, do Cleveland Cavaliers, e o ala alemão Dirk Nowitzki, do Dallas Mavericks, reclamam do extenso calendário da NBA, que prevê pelo menos 82 partidas na temporada regular. No entanto, a opinião deles confrontou a do nada menos que o maior jogador de todos os tempos da modalidade, Michael Jordan. O atual proprietário do Charlotte Hornets não vê motivos para a diminuição do número de jogos e acredita que, caso a medida fosse tomada, os atletas teriam de aceitar uma redução de salários.
“Gosto muito deles (LeBron James e Dirki Nowitzki), mas como proprietário de franquia e ex-jogador de basquete, eu digo que amava jogar. Se eu não tivesse jogado 82 partidas por temporada, eu teria buscado uma forma de jogar, porque eu tenho esse amor pelo jogo. Quando eu era jogador, jamais pensei que disputar 82 partidas por temporada fosse um problema ou reclamei. Podemos sentar para conversar, mas ganharíamos menos dinheiro. Eles estão dispostos a ganhar menos dinheiro para jogar menos jogos? Essa é a questão”, analisou o hexacampeão da NBA, com o Chicago Bulls.
No próximo domingo, na partida válida pela pré-temporada entre Boston Celtics e Brooklyn Nets, cada quarto será reduzido em um minuto, portanto o duelo terá o tempo total de 44 minutos. Esse será um teste da NBA para avaliar como flui um jogo nestes moldes.
Só que King James não vê a diminuição do tempo de jogo como uma solução. Para ele, a única medida possível para conservar um bom estado do físico dos atletas seria a redução do calendário do campeonato.
“A questão não é quantos minutos por jogo, mas sim quantas partidas. Os minutos não significam nada. Poderíamos jogar 50 minutos por noite, se tivéssemos que fazer isso. Eu acredito que todos os jogadores pensam que jogar 82 partidas é muita coisa. Cortar o tempo não vai diminuir isso. Cada vez que você jogar, o seu corpo paga um preço”, afirmou o bicampeão da NBA, com o Miami Heat.
