Marcus Eduardo Pereira
marcus.eduardo@jornaldebrasilia.com.br
A meta brasileira no quadro de medalhas é alcançar o Top 10 na tabela de classificação dos países que disputam os Jogos Olímpicos. Para isso, precisa ganhar muito mais do que as 17 medalhas que conquistou na última edição, em Londres, no ano de 2012.
Naquele ano, entre algumas surpresas como a pentatleta Yane Marques com um bronze, a judoca Sarah Menezes, com o primeiro ouro feminino no judô, tivemos pódio em modalidades que costumamos ir bem, casos da prata do futebol masculino e o ouro do vôlei feminino.
Em 2016, algumas dessas surpresas e barbadas ainda buscam estar presente no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. Até o momento, apenas seis atletas medalhistas já estão classificados e irão disputar a Olimpíada. Entre os que ainda tem grandes chances de se classificar já no próximo mês, a lista dos medalhistas de 2012 conta com dois aposentados e dois profissionais do boxe (que até o momento não podem disputar competições olímpicas), além de alguns nomes que não fazem mais parte das seleções de esportes coletivos.
Certo mesmo é que a disputa por uma vaga no Rio-2016 deve ferver para os brasileiros a partir de abril.
Vaquinha online para projetos é lançada
O esporte brasileiro ganha um novo meio de captação de recursos: a ajuda dos fãs. A plataforma pública de financiamento #coletivodoEsporte, pré-lançada pela Microsoft, em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e com o Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), tem como objetivo ampliar a arrecadação para projetos esportivos e de inclusão social.
O portal do sistema de “crowdfunding”, a popular “vaquinha”, estará disponível a partir do dia 7 de abril, quando faltarão 120 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio. A estreia da iniciativa contará com dez projetos já cadastrados, liderados por ex-atletas e treinadores na formação de novos talentos. Os projetos paralímpicos ainda estão sendo analisados e ficarão à disposição do público posteriormente.
Projeto aposta principalmente na colaboração da pessoa física, que poderá fazer uso do abatimento fiscal em Imposto de Renda pela lei de incentivo ao esporte. O desconto é de 6% para o cidadão e de 1% para pessoas jurídicas. O cálculo do benefício pode ser simulado em uma calculadora virtual no próprio site. Negociações estão em andamento para que o Ministério do Esporte emita o comprovante da doação.
Caso uma meta não seja alcançada, a Microsoft não descarta ajudar as propostas. “Vamos ser parceiros até o fim, mas acredito que vai sobrar”, afirmou Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil.
As precauções com zika vírus
Restando apenas 127 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o diretor executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro, Marcus Vinicius Freire, revelou que a entidade não planeja nada diferente para que os atletas que representarão o Brasil nas Olimpíadas se protejam do risco de contaminação do zika vírus. Segundo o dirigente, a recomendação é que todos sigam aquilo que já foi passado para todo o país.
“O que a gente tem feito é o que a população inteira do Brasil está fazendo, que é usar repelente, manga comprida, ar-condicionado ou tela, depende do lugar onde estamos indo, e isso vale para os 400 atletas que estarão competindo”, afirmou em evento promovido pela Microsoft.
Temerosa quanto à situação do vírus no Brasil, a Austrália fechou uma parceria com uma empresa de repelentes que irá fornecer os produtos para toda a delegação do país. Questionado se o COB poderia tomar alguma medida semelhante, Marcus Vinícius assegurou que o Comitê Organizador Local já está se mobilizando para precaver todos os atletas do risco.
“A informação que recebemos é que o Comitê Organizador irá distribuir repelentes. A única coisa que a gente pediu ao nosso fornecedor é que aumentasse os números de camisas de manga comprida e isso já está resolvido”, explicou.
Presente após o furto
Classificada para os Jogos, a atleta Lais Nunes, que compete na categoria até 63 kg, receberá novamente as medalhas conquistadas no Pan-Americano (ouro) e no classificatório olímpico (prata). Ela teve as duas medalhas furtadas na rodoviária do Tietê, em São Paulo.
“Furtaram minha bolsa e perdi minhas medalhas. Mas eu estou muito feliz com a notícia que recebi. Queria agradecer a federação dos Estados Unidos, em especial o diretor-executivo, Rich Bender, que vai mandar as medalhas”, contou a atleta em um vídeo postado na sua conta no Instagram.
Lais tinha se manifestado sobre o roubo nas redes sociais. Na oportunidade, a atleta relatou que um HD externo com todas as fotos de sua vida, um celular, um notebook e alguns de seus documentos foram furtados.