Menu
Mais Esportes

Melo aceita status de ídolo para popularizar o tênis no Brasil

Arquivo Geral

09/06/2015 19h01

O mineiro Marcelo Melo conquistou a chave de duplas em Roland Garros, no último sábado ao lado do croata Ivan Dodig. Em seu segundo dia no Brasil após o triunfo em Paris, o tenista diz já estar sendo reconhecido na rua e acredita que isso possa ajudar a popularizar o tênis no País.

Melo e Dodig conquistaram Roland Garros ao derrotarem na final os irmãos norte-americanos Mike e Bob Bryan, dupla mais vitoriosa da história do tênis, quebrando um jejum nacional de 14 anos no Grand Slam francês. O Brasil não tinha um campeão no torneio desde o terceiro título de Gustavo Kuerten, em 2001.

O triunfo em Paris também fez Melo e Dodig, semifinalistas do Aberto da Austrália, assumirem a liderança do ranking de parcerias na temporada, logo à frente dos italianos Simone Bolelli e Fabio Fognini, campeões em Melbourne. Na lista mundial de duplistas, o mineiro é o terceiro colocado, atrás justamente dos irmãos Mike e Bob Bryan.

“Um resultado tão grande como campeão de Roland Garros até as pessoas que não conhecem muito de tênis vão acabar associando ao Guga e voltar a acompanhar o tênis. E quem sabe incentivar outros a acompanhar também”, disse Melo. “Ontem em Belo Horizonte e hoje as pessoas que me viram passando sabiam que eu tinha sido campeão de Roland Garros. Espero que isso continue e outros brasileiros tenham as mesmas vitórias porque isso só ajuda”, explicou o mineiro, que desembarcou em sua cidade natal na segunda-feira.

Guga foi o primeiro tenista brasileiro a conquistar um título masculino de Grand Slam. Foi campeão de Roland Garros em 1997, 2000 e 2001 e liderou o ranking mundial por 43 semanas. Seus resultados ajudaram a popularizar o tênis, até então associado à elite econômica do País, mas não a ponto de transformar o Brasil em uma potencia da modalidade.

Antes dele, Maria Esther Bueno obteve 19 conquistas nos quatro torneios mais importantes do circuito profissional, entre simples, duplas e duplas mistas e Thomaz Koch levantou o troféu de duplas mistas no Aberto da França de 1975, ao lado da italiana Fiorella Bonicelli. Depois, Bruno Soares, amigo e ex-parceiro de Melo, venceu duas vezes a chave de duplas mistas do Aberto dos Estados Unidos.

O novo campeão de Roland Garros acredita que o momento para o desenvolvimento do tênis é mais propício do que quando Guga viveu seus dias de glória. O catarinense acompanhou o título do tenista mineiro das arquibancadas da quadra Philippe Chatrier, onde também estava Orlando Luz, que chegou a Paris como líder do ranking mundial juvenil.

“Muita gente fala mal da Confederação, mas eu acho que faz um bom trabalho ajudando os juvenis e os profissionais. Eu tentei trazer o Orlando o mais perto possível naquela semana para que ele vivesse o que é uma final de Roland Garros e até a festa do título no vestiário já com 17 anos. Isso é muito importante”, avaliou.

Em 2014, o Brasil foi vice-campeão da chave juvenil de duplas do Aberto dos Estados Unidos com Rafael Matos e João Menezes. Orlando Luz e Marcelo Zormann foram campeões em Wimbledon e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado