O sobrenome Freitas traz aos brasileiros fãs de boxe as melhores lembranças possíveis. Afinal, Acelino Freitas, o Popó, elevou o nome do País à categoria de campeão mundial em duas divisões diferentes. Um pupilo dele, mais precisamente seu sobrinho, carregou o DNA da família nos ringues. Hoje, porém, os “ringues” de Luís Paulo Paixão Freitas são os campos de futebol. O ex-lutador é meia do Sobradinho.
A influência para praticar a nobre arte começou cedo, quando Baco – apelido de Luís Paulo -, 24 anos, tinha apenas dez. O pai, Luís Carlos, foi o responsável por inicar Popó no boxe e fez o mesmo com o filho.
“Ia para a academia e ficava lá, batendo saco. O pessoal mais velho incentivava, falava para eu treinar para ser igual ao meu pai e meu tio”, relembra.

Habilidoso tanto com as mãos quanto com os pés, Baco foi convidado pelo professor de uma escolinha de futebol para fazer testes no Bahia aos 13 anos. O atleta agradou e ficou na equipe por mais de um ano. Daí em diante, não parou mais com o futebol. Onde entra o boxe nessa história?
“Nas férias, quando eu voltava para Salvador, não queria ficar sem fazer nada. Aí meu pai me treinava e eu participava de lutas. Meu cartel é de 40 lutas, com 40 vitórias”, reforça. O que parecia um passatempo para as férias rendeu até mesmo títulos, como o de campeão baiano de boxe.
A nobre arte já não faz mais parte do cotidiano de Baco: já são seis anos sem participar de uma luta. Os treinos ainda acontecem de forma esporádica, mas sem a pretensão de subir em ringues.
Brigão? De forma alguma
O perfil de quem conhece uma arte marcial não permite a Baco ter um comportamento “brigão”. Ele garante que é avesso a confusões, mas que os companheiros de time já o designaram caso alguma confusão aconteça dentro de campo.
“Procuro me manter afastado de confusões. Mas quando vem para perto, não tem como, não. O pessoal do time já disse que se tiver uma briga em campo eu vou ser o primeiro a ir para frente”, diverte-se.