A evolução do carro da Williams a cada teste vem sendo motivo para elogios do piloto Felipe Massa e do engenheiro-chefe Rob Smedley. Os dois trabalharam juntos na Ferrari por quase dez anos e foram juntos para a nova equipe. A parceria tem dado certo e o resultado deve aparecer nas próximas corridas.
Mesmo com os constantes problemas na asa traseira, as melhorias em outros setores do carro e o bom desempenho visto ao longo do último fim de semana no GP da Espanha tem causado otimismo na equipe britânica.
Já ambientado na fábrica de Grove, Massa espera que o desempenho do FW36 no túnel de vento se repita nos treinos e provas que vêm adiante: “Lógico que no simulador tudo sempre funciona, você quanto tem que aumentar de downforce e ele aumenta. É totalmente diferente o trabalho do simulador para a realidade. É importante que o que a gente tenha no túnel de vento funcione na pista. Mas, para falar a verdade, não estou preocupado porque o que a gente tinha, funcionou”.
Massa ainda falou sobre o atraso na evolução do carro, mas ressaltou que o processo realmente não é rápido: “A gente demorou um pouco para trazer coisas novas, aonde aconteceu alguma coisinha muito pequena no Bahrein, mas na China foi onde a gente teve uma evolução no carro, e isso não é rápido. Algumas equipes trouxeram antes e evoluíram antes. É o que disse no meu primeiro treino: não é porque tive um carro competitivo que é certeza que você vai ter na última corrida também. Tem que fazer o direito o trabalho”.
Smedley parece ainda mais entusiasmado e confiante quando fala da evolução do carro e friza a importância dos testes no túnel de vento: “O que está sendo muito impressionante é que cada coisa que trazemos para a pista, colocamos no carro. Para mim, isso é uma confiança incrível. Trazemos, passamos por todo o processo de testes na sexta-feira à tarde e no sábado de manhã, se for necessário, mas, sim, a correlação daqui com o túnel de vento é realmente impressionante. Você pode ver que não só está lendo corretamente, o carro está realmente melhorando corrida após corrida. Isso, para mim, comparado com a minha experiência, é muito impressionante”.
No entanto, o brasileiro afirma que a melhora na parte traseira pode chegar tarde demais, caso demore mais tempo para resolver o problema: “Leva dois meses para ficar pronto, já poderia estar. Agora pode ser que leve mais dois, e aí vem na segunda metade do campeonato”.
Para Massa, o carro não deve ter grandes mudanças para a próxima prova: “O desenvolvimento para a próxima corrida é pequeno, mas tem alguma coisinha que a gente tem que fazer funcionar”.
A Williams volta a correr nos treinos desta quarta-feira, em Montmeló, no Circuito da Catalunha. As atividades começam às 4 horas da manhã e se encerram às 13.