Fábio Maldonado, o Caipira de Aço, está rindo à toa. Na 30ª luta da carreira como profissional de MMA, o lutador de 35 anos se verá diante do maior desafio na carreira no sábado, quando fará o co-evento principal do UFC 186, em Montreal, no Canadá. O 12º segundo colocado do ranking dos pesos meio-pesados, o especialista em boxe enfrentará o ex-campeão da divisão, o norte-americano Quinton “Rampage” Jackson.
O encontro entre os dois trocadores chegou a ser cancelado, com o canadense Steve Bossé surgindo como substituto de Rampage. A situação, mais uma vez, sofreu nova reviravolta na terça-feira, quando a liminar que impedia o norte-americano de lutar fora do Bellator – um dos eventos de MMA mais famosos do mundo – foi cassada.
A notícia, claro, foi muito comemorada pelo brasileiro. “Fiquei muito feliz com a luta, será a realização de um sonho antigo e a maior da minha carreira”, sentencia.
Por conta da menor preparação de Rampage para o duelo, os dois se enfrentarão em peso casado, até 97kg. Maldonado comemora o fato de se livrar dos quatro quilos que ainda precisaria perder para bater os 93kg da divisão dos meio-pesados, mas lamenta um único fator.
“Só queria ter sido avisado antes. Me livrei desses últimos quilos, mas também fiz muitos treinos com pouco carboidrato nesses últimos dias”, explica Maldonado , que vem de vitória por nocaute sobre o holandês Hans Stringer, no UFC 179, disputado no Rio de Janeiro.
Entenda o caso
Entre tapas e beijos
Quando saiu do UFC, após o fim do contrato, na derrota para Glover Teixeira, Rampage disse que saía para ser mais bem pago do que na organização dos irmãos Fertitta.
No Bellator, fez três lutas e venceu todas, despertando a atenção da antiga empregadora.
Com contrato assinado com o UFC, foi a vez de o Bellator reclamar. Alegando que Rampage ainda mantinha contrato, conseguiu liminar o impedindo de enfrentar Maldonado. A liminar, entretanto, foi cassada na terça-feira.
“Vai ser uma guerra”
Uma das características de Fábio Maldonado é a resistência, além do coração, capazes de fazê-lo aguentar duros castigos por dois ou até três rounds seguidas vezes. Contra Rampage, o paulista terá mais uma oportunidade de mostrar que aguenta pancada, além de demonstrar o bom boxe, que ajudaram a alcançar a 12ª posição do ranking da divisão.
O lutador garante estar preparado para tudo o que o norte-americano mostrar dentro do octógono. Além de um grande espetáculo, o brasileiro não espera que a luta seja definida no chão.
“Vai ser uma guerra, onde tudo pode acontecer. Pode ser um nocaute rápido, no começo da luta, como também algo que demore mais. Acho que ele vem para trocar (lutar em pé), mas também preciso estar atento ao wrestling dele, que também é muito bom”, pondera.
