Mais um caso de doping é descoberto na natação brasileira

Um novo caso de doping chacoalhou a natação brasileira nesta terça-feira. Enquanto a novela de Rebeca Gusmão aguarda por seu desfecho, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou, por meio de nota oficial em sua página na internet, que o veterano Rogério Karfunkelstein testou positivo para a substância estanozolol, esteróide utilizado para rápido ganho de massa muscular, e foi suspenso por dois anos pela Federação Internacional da modalidade (Fina), embora já tenha anunciado sua aposentadoria.

O doping de Karfunkelstein foi constatado em amostra coletada em 14 de dezembro, durante o Torneio Open, em São Paulo. Nesta segunda-feira, a CBDA ouviu o nadador que aceitou a punição. “O nadador informou que não pretende realizar a abertura da mostra B, visto que se retirou como atleta das competições oficiais no dia 19 de dezembro de 2007, conforme carta enviada à Federação Internacional”, consta no comunicado.

De acordo com a entidade máxima da natação brasileira, Karfunkelstein não fez uso do estanozolol de forma premeditada. “O atleta acrescentou à Comissão de Doping da CBDA que foi obrigado a ingerir vários medicamentos para curar uma forte lesão no joelho, antes do Torneio Open de 2007 e que, provavelmente, ingeriu a substância proibida pelas regras de doping da Fina entre os medicamentos que lhe foram ministrados”.

Ainda que já tenha encerrado sua carreira como profissional, Karfunkelstein foi suspenso pela Comissão de Controle de Doping da CBDA até 14 de dezembro de 2009. Além disso, o nadador teve todos seus resultados obtidos em competições oficiais anulados.

O estanozolol é uma droga sintética derivada da testosterona e utilizada medicinalmente para a cura de anemia em seres humanos ou crescimento muscular em animais. Embora proibida no mundo do esporte, a substância ficou famosa pelo ex-velocista canadense Ben Johnson, ex-recordista mundial nos 100m rasos do atletismo.