Depois de um longo caminho, o UFC (Ultimate Fighting Championship) caiu nas graças do público e do faturamento. Fundado em 1993, o campeonato demorou para ganhar o público, por conta do extinto Pride FC, um evento japonês que era o principal concorrente da época.
Agora, porém, as artes marciais cresceram, e os combates são verdadeiros clássicos. Diante dessa explosão, dúvidas podem surgir entre os admiradores do esporte: quanto ganham os lutadores? Será que eles têm uma renda fixa, como jogadores de futebol, por exemplo? O site de apostas no UFC Betway fez um levantamento para encontrar essas e outras informações.
Os maiores salários do UFC
Apesar de se falar em salário, é importante notar que no UFC o ganho não é fixo. Ou seja, os lutadores não recebem todos os meses por serem esportistas. Diferentemente de outras modalidades, nas lutas marciais livres o ganho é por luta realizada. Por esse motivo, cada disputa é importante para eles, o que faz com que se preparem com tanta dedicação.
Além da participação no combate, os donos do evento incluem variáveis na remuneração, como desempenho, bônus, patrocínio, etc. Dessa forma, não basta lutar, é necessário se destacar para obter maiores rendimentos.
Atualmente, o lutador que tem a maior remuneração é o nigeriano Israel Adesanya. Ela ganha US$1 milhão por ser o atual campeão do peso-médio. O segundo lugar é do lutador Francis Ngannou com US$600 mil, seguido de Robert Whittaker (US$500 mil), Derrick Lewis (US$500 mil) e Ciryl Gane (US$500 mil).
Como o rendimento varia com base em alguma variáveis, não é possível cravar o quanto os astros da luta ganham de fato. Porém, o público consegue ter uma ideia a partir de torneios anteriores, e foi a partir desses dados que a Betway divulgou este estudo sobre como funciona a remuneração no MMA.
Críticas à forma de remuneração
Embora o UFC tenha estabelecido a forma de remuneração há bastante tempo, ela ainda gera debates entre lutadores e público em geral. Um atleta que sofra uma lesão, por exemplo, terá que ficar longe do octógono por algum tempo, o que fará com que não tenha rendimento. Além do mais, nomes menos conhecidos são menos chamados para eventos e, consequentemente, trabalham menos.
A maneira de compensar a questão da frequência é atribuir bônus para aumentar os ganhos. Então, se uma pessoa participar de apenas alguns combates mas for bem, ela poderá receber mais do que apenas pela participação. De forma resumida, a remuneração é composta por: participação + bônus (que inclui desempenho e a capacidade de atrair patrocínios).
Vale notar que apesar do modelo diferente de remuneração, os valores do contrato devem ser declarados à comissão esportiva. Isso permite que a imprensa tenha acesso ao quanto os lutadores poderão ganhar.
No entanto, os meios de comunicação não têm acesso a tudo o que os competidores recebem. Afinal, os grandes nomes recebem patrocínio diretamente das marcas, ações de marketing, pay-per-view e muito mais.
Por falar em grandes nomes do esporte, o único lutador que destoa e não recebe de forma semelhante aos pares é o irlandês Conor McGregor. Em julho de 2021, por exemplo, ele ganhou US$ 5 milhões para enfrentar Dustin Poirier. Por sua vez, o seu adversário levou US$ 1 milhão, além das bonificações por ter ganhado a disputa.
Não é para menos que no ano passado McGregor recebeu o título de lutador mais bem pago pela Forbes. O atleta ganhou cerca de US$ 180 milhões em um ano, por conta da venda de sua participação em uma companhia de uísque.
Ainda assim, todos sabem que Conor McGregor é um ponto fora da curva. Apenas dois anos depois de começar a participar das competições, o irlandês já levou o cinturão de peso-pena (2015). Hoje o lutador ainda colhe os frutos do seu desempenho, embora outros nomes estejam mais em destaque, como o nigeriano Israel Adesanya.
Como se percebe, levar o cinturão para a casa é bastante positivo para os lutadores. Além do prestígio, essa é uma das formas de os atletas serem cotados para outras disputas, conquistarem patrocínio e serem melhor remunerados pelos organizadores do UFC. Até porque, segundo o levantamento, esses profissionais não possuem um salário fixo e precisam lutar muito para estarem no ranking de rendimentos.