O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, garantiu o total cumprimento da legislação espanhola antidoping com o código da Agência Mundial (AMA) durante a sabatina do Comitê Olímpico Internacional (COI) na apresentação final aos Jogos de 2016, em Copenhague.
Zapatero respondeu assim à pergunta feita pelo sueco Arne Ljunqvist, presidente da Comissão Médica do COI. Ele fez o mesmo questionamento nas apresentações de Rio de Janeiro, Chicago e Tóquio, as demais candidatas.
Ljunqvist questionou a possibilidade de realizar investigações policiais no entorno do atleta em casos de doping e, especialmente, a Madri, já que a Comissão de Avaliação disse em seu relatório que não podia assegurar a total adequação da normativa espanhola.
“A legislação espanhola é das mais avançadas. Considera crime a indução ao doping e, atendendo às sugestões do COI, o Governo, através de um decreto o 20 de setembro, estabeleceu a disponibilidade dos desportistas para os controles respondendo ao relatório da comissão”, explicou.
O presidente disse ainda que esse decreto conta com a confirmação por escrito da Agência Mundial Antidoping do “cumprimento total do Código” e reiterou “o compromisso” na luta contra o doping da Espanha, que conta com uma “legislação avançada e estrita em todos os termos que pede, com razão, o COI”.
Após a pergunta sobre doping, o príncipe Albert de Mônaco, que parabenizou Madri pela apresentação realizada, questionou a candidatura sobre a utilização da Vila Olímpica depois dos Jogos e “os pontos essenciais do legado” a serem deixados.
“A vila fica em um terreno que já é propriedade municipal. Após os Jogos, Madri manterá a propriedade o complexo será destinado à moradia social, em regime de aluguel, para jovens. Um total de 15% dos imóveis será destinado a esportistas e suas famílias. Estamos muito orgulhosos de poder fazer um projeto social”, respondeu o prefeito, Alberto Ruiz-Gallardón.
Em relação ao legado, a conselheira delegada de Madri 2016, Mercedes Coghen, explicou que este aspecto foi crucial para a candidatura, que pretende deixar uma herança cultural, esportiva e educativa.
A última das cinco perguntas, feita pelo ex-atleta ucraniano do salto com vara Serguei Bubka, dizia respeito à ligação entre Madri e Valencia, sede da vela e localizada 358 quilômetros ao leste da capital. Coghen lembrou que as cidades serão ligadas pelo trem de alta velocidade.
“Haverá transporte gratuito para ir de Valência à cerimônia de inauguração. A Vila Olímpica de lá terá instalações do mesmo nível que a de Madri”, concluiu.