Nocautes, socos, chutes e sangue. Para quem assiste as lutas do UFC pela primeira vez, os combates tendem a ser violentos, beirando, para alguns, a selvageria. O que pouco se vê, porém, é o lado familiar dos lutadores. Assim como para quase todo mundo, os astros do MMA têm nos parentes um dos alicerces para subirem no octógono e triunfarem nas lutas.
Com os atletas do card do UFC Fight Night 51, sábado, em Brasília, não poderia ser diferente.
Nascido na cidade, Antônio “Pezão” Silva terá o apoio de muitos amigos e irmãos que permaneceram na capital quando ele, no início dos anos 1990, se mudou para Campina Grande (PB).
O curioso, porém, fica pelo fato dos pais do brasileiro não assistirem suas luta ao vivo, deixando para saber o desempenho do gigante de 1,93m por telefone. Depois de sofrer dois infartos, Antônio Silva, pai do lutador, explica a logística envolvida nos dias em que o filho está no octógono.
“Tenho um acordo com ele de não assistir. Só fico sabendo mesmo do resultado. Durante a luta de sábado, vou ficar na casa de outro filho, que mora em Taguatinga”, revela.
PATERNIDADE
Ganhador da 8ª edição do reality show The Ultimate Fighter, o peso-leve mexicano Efrain Escudero dará início à terceira passagem pelo evento. Para ele, o que mais mudou em todo este tempo todo foi o nascimento de sua filha, há dois anos.
“Desde a última vez, minha filha nasceu. Dizem que você só vira homem de verdade quando vira pai. A paternidade te ensina o que é certo e o que é errado. Também me ajuda a perceber o porquê de ser tão devotado pelo esporte”, explica.