O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feia os gastos nacionais para a realização dos Jogos Pan-americanos. Durante visita ao Complexo do Maracanã, Lula afirmou que a organização do evento é uma questão de honra e que a complementação de recursos uma consequência sempre que as outras partes envolvidas na organização – governos estadual e municipal – não puderem arcar com a responsabilidade.
"Nesta altura do campeonato, temos que honrar o Pan", afirmou. Em reportagem publicada na edição de hoje, o jornal Folha de S. Paulo destaca que o setor público está gastando 684% mais com os Jogos do que na previsão feita há 5 anos. "É um absurdo dizer que é dez vezes mais", reclamou o presidente.
Segundo ele, o Governo está gastando o necessário para "defender o nome do país". "O que vai ficar é a imagem do país. Se houve excesso pode se discutir e o TCU (Tribunal de Contas da União) faz as contas".
Durante a viagem ao Rio de Janeiro, o presidente assinou a Medida Provisória que liberou mais R$ 100 milhões para o Governo do Estado. O dinheiro será utilizado para complementar os recursos necessários às reformas no Complexo do Maracanã, incluindo estádio, ginásio e parque aquático.
Esta é a segunda vez este ano, que o Governo Federal libera recursos extras para cobrir as contas dos Jogos. Em fevereiro, a União liberou R$ 103 milhões destinados à infra-estrutura dos Jogos (R$ 53 milhões), ao Governo Estadual (R$ 10 milhões) e ao município (R$ 40 milhões). "Nós estamos cumprindo nosso dever de casa", simplifica Lula.
Durante a visita ao estádio, o presidente aproveitou para realizar um sonho. Lula descalçou os sapatos, tirou as meias e foi bater pênaltis tendo o governador Sérgio Cabral como goleiro.
Na primeira tentativa, a bola foi parar em um fotógrafo ao lado da trave. O segundo chute não foi muito melhor, mas o presidente só deixou o campo depois de marcar o gol no lado direito do goleiro.
