A temporada 2014/2015 da NBA começa hoje com três jogos e 29 times tentarão roubar do San Antonio Spurs o título de campeão da liga. Por conta de ser defensor do campeonato, o time texano surge como um dos grandes favoritos a levantar mais um troféu.
Para dez craques, a temporada significa a renovação da esperança de, enfim, conseguir colocar um anel de campeão entre os trunfos da carreira.
Nomes badalados como Kevin Durant, Derrick Rose e até mesmo o veterano Vince Carter nunca conseguiram vencer a série final da liga e eternizar os nomes no hall dos campeões do mais importante torneio de basquete do mundo.
Os favoritos
Anualmente, algumas equipes são favoritas a levantar o troféu Larry O’Brien. Entre as que corriqueiramente despontavam como candidatos ao título estava a equipe do Miami Heat, atual vice-campeã.
Após quatro anos contando com os serviços de Dwyane Wade, LeBron James, Chris Bosh e outros atletas, a equipe do sul da Flórida viu o Rei James se mandar para Cleveland e terá uma temporada de renovação, que dificilmente culminará em outra final.
Desta forma, o San Antonio Spurs surge como principal credenciada ao título. A equipe manteve a base da temporada passada e aposta no entrosamento e na experiência do elenco para conseguir mais uma empreitada de sucesso.
A maior ameaça reside justamente em Cleveland, a “nova” casa de LeBron James. Os Cavaliers, time que o ala defendeu no começo da carreira foi às compras e reforçou o elenco.
Além do craque de Akron, a equipe manteve o ala/pivô brasileiro Anderson Varejão e o armador Kyrie Irving, destaques na temporada 2013/2014, além de ainda contratar nomes de peso, como o também ala/pivô Kevin Love e o ala Ray Allen, que desistiu da aposentadoria pela chance de conquistar mais um título.
Caso cheguem às finais, as duas equipes protagonizarão uma repetição da decisão de 2007. Na ocasião, os Spurs venceram por 4 x 0.
Brasileiros invadem a competição: são sete
A temporada 2014/2015 marcará um fato sem precedentes na história do basquete brasileiro em terras norte-americanas: pela primeira vez desde que o pivô Rolando defendeu brevemente o Portland Trailblazers, em 1988, o país terá sete representantes na NBA.
Um dos “brasucas” na liga é o ala/armador Leandrinho Barbosa, que pode ser considerado um veterano, já que desde 2003 ele marcou presença em várias equipes. O paulista, eleito melhor sexto homem da competição em 2007, está otimista para a temporada, quando defenderá o Golden State Warriors.
“Nosso time está muito bem, há uma mescla de experiência e juventude. Fizemos uma boa pré-temporada e estamos engrenando, com o início da temporada, vamos ganhar confiança e as coisas vão acontecer. Precisamos ter equilíbrio, aproveitar o mando de quadra, nossa torcida, que nos ajuda demais, porque estamos numa conferência complicada“, frisa.
Quem terá a oportunidade de estrear na liga é Lucas Nogueira, o Bebê. Junto com Bruno Caboclo, os dois farão parte do elenco do Toronto Raptors. A recepção por parte da equipe canadense foi algo que ajudou na opinião do carioca.
“Fomos muito bem recebidos aqui em Toronto, estamos muito à vontade no grupo. Temos muito a aprender e acho que não poderíamos estar em lugar melhor para isso”, comemora.
Saiba mais
Iniciando a 11ª temporada no Cleveland Cavaliers, Anderson Varejão já está negociando a extensão do contrato com a equipe.
Em julho de 2015 o capixaba se torna agente livre, o que possibilita a ida a outras equipes.
Abelinha de volta a Charlotte
Esta temporada também marca o retorno de um ícone do basquete norte-americano dos anos 1990.
Após longo hiato, a equipe de Charlotte voltará a se chamar Charlotte Hornets, atendendo à solicitação do proprietário da franquia, o ex-jogador Michael Jordan.
Desta forma, a franquia da Carolina do Norte deixa para trás o tigre que carregava no nome nos tempos de Charlotte Bobcats.
De quebra, a equipe ressucita um dos grandes símbolos da liga, justamente a abelha que estampou vários bonés de torcedores, sobretudo no Brasil. A notícia triste para os fãs da abelhinha, porém, é que o mascote atual pouco lembra o antigo, já que uma identidade visual mais moderna foi adotada.
Em busca do primeiro título
Kevin Durant – Atual MVP: uma lesão no pé o deixará afastado das quadras por até oito semanas. O período pode fazer com que o ala, eleito cinco vezes para a disputa do Jogo das Estrelas, volte com apetite ainda maior para conquistar o título inédito. O jogador já chegou a disputar finais de conferência, mas nunca da liga.
Derrick Rose – Recomeço: um dos craques da nova geração de jogadores da NBA, Rose pode ser considerado um azarado. Duas graves lesões no joelho o fizeram ficar longe das quadras, mas agora o armador do Chicago Bulls está pronto para voltar. Junto com Pau Gasol, terá a missão de tentar o título que não vem desde 1998.
Deron Williams – Destaque nos EUA: o armador do Brooklyn Nets tem uma sólida carreira pela seleção de seu país, mas não conseguiu repetir o feito nos times. Neste ano, ele, Garnett e os companheiros em Nova York terão mais uma oportunidade de conquistar.
Carmelo Anthony – Só falta ele: Melo é o único dos três primeiros draftados em 2003 que nunca ganhou um título da NBA. Os outros dois, LeBron James e Dwyane Wade, inclusive, já conquistaram a glória mais de uma vez. O ala será um dos pilares do New York Knicks, que não vence a liga desde o distante ano de 1973. o primeiro título da história da equipe desde a mudança de sede.
Dwight Howard – Bloqueador sem títulos: o pivô, atualmente no Houston Rockets, é considerado muito importante nos sistemas defensivos das franquias por onde passa, tendo sido o líder em tocos por duas vezes e líder em rebotes em outras cinco oportunidades. É mais um que chegou a disputar finais de conferência, sem sucesso em decisões da liga.
James Harden – Barbudo: o carismático ala do Houston Rockets está na NBA desde 2009, tempo suficiente para se destacar. Habilidoso, o canhoto, conhecido pelas infiltrações e arremessos de três pontos, terá a chance de, junto com o super pivô Dwight Howard, conquistar mais um anel de campeão para um franquia texana.
Vince Carter – Veterano: capaz de realizar enterradas que levantam a torcida, o ala nunca conquistou um título da NBA. Ele, inclusive, passou por várias equipes que teriam chances de levantar o troféu, mas nunca logrou êxito. A habilidade o fez jogar nada menos de oito Jogos das Estrelas, além de um Campeonato de Enterradas.
Carlos Boozer – 12 anos na liga: desde 2002, quando foi draftado, luta por um título da NBA. Passou por quatro equipes, mas não conseguiu o tão sonhado anel de campeão. É mais um exemplo de jogador que conseguiu resultados expressivos defendendo a seleção norte-americana, mas não conseguiu repetir o sucesso na NBA.
Chris Paul – Bicampeão olímpico: as credenciais do armador do Los Angeles Clippers pela seleção norte-americana impressionam. Na NBA, ele também tem muito destaque, com sete participações em Jogos das Estrelas. A visão em quadra ainda fez com que Paul fosse o líder em assistências em três oportunidades.
LaMarcus Aldridge – Sempre em Portland: aos 29 anos, o ala/pivô nunca defendeu outra equipe que não fosse o Trailblazers. Nesta temporada, será um dos líderes do time que ainda contará com outros veteranos, como Chris Kaman e Steve Blake. Disputou três edições do Jogo das Estrelas.