Com isso, o atual presidente da FBVM, Walcles Osório deixa o cargo após 16 anos. O dirigente garantiu estar muito satisfeito com o sucessor e acrescentou que os primeiros tempos serão de transição.
“Estamos há muito tempo sem candidato e, como as eleições são de dois em dois anos, eu fiz um pedido para o Lars me suceder e ele aceitou. Vamos fazer uma fase de transição, tanto que o meu vice-presidente, Reinaldo, vai continuar. Será um período muito tranqüilo, pois na vela todos se dão bem. Eu diria que até falta um pouco de oposição”, brincou.
Na chapa de Lars, inclui-se como Vice-Presidente Administrativo, o atual ocupante do cargo Reinaldo Camara. Líder do projeto Brasil 1, Alan Adler será o novo Vice-Presidente de Vela e Paulo Renha assume no cargo de Vice-Presidente de Motonáutica, .
Segundo Osório, este não foi o primeiro convite feito a Lars, bronze na classe Tornardo em Seul-1988 e Atlanta-1996. “Eu já o havia convidado antes, mas ele estava ocupado como secretário em São Paulo e depois chegou a pensar em se candidatar a deputado. Mas agora ele resolveu aceitar”, explicou.
Ele, que também já dirigiu a Federação de Vela de Brasília, explicou sua decisão de deixar o cargo. “O Lars é um nome de confiança e a vela precisa de um sangue novo mesmo. Estou há 16 anos sem ter tido uma chapa contrária e agora está na hora de chegar um monte de gente nova. Quero velejar”, afirmou.
De acordo com o dirigente, o desafio de Grael será aproximar o esporte do público em geral, motivo pelo qual a modalidade sofre até o risco de deixar de ser olímpica, além de trazer um bom patrocinador para a FBVM.
“A vela está passando por uma modificação grande, corre até o risco de sair das Olimpíadas, então precisamos de uma nova visão para tornar o esporte mais acessível ao público. Não digo nem popularizar porque adquirir um barco não é o mesmo que comprar uma bola, mas sim atrair pessoas que gostem de assistir uma regata”, comentou Osório, que continuou. “Também não consegui trazer um patrocínio forte para a vela, mas não fico triste com isso, porque tirando os esportes com platéia é difícil atrair alguém. Eu batalhei, mas não deu”, ressaltou.
Para finalizar, o presidente prevê a continuidade dos “bons ventos” para a vela nacional. “A vela é um esporte interessante porque, apesar de não termos grande quantidade de praticantes no Brasil, sempre possuímos qualidade. E isso nem é mérito das Federação: a gente faz a retaguarda, mas talento é talento”, garantiu.
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