O ciclista Floyd Landis, vencedor da Volta da França do ano passado, negou nesta segunda-feira, durante o primeiro julgamento por doping movido contra ele, o uso de substâncias ilegais e criticou os procedimentos de análise da principal competição do ciclismo mundial.
Na semana passada, o atleta disse que a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) havia lhe oferecido uma redução em sua condenação se Landis oferecesse provas que incriminassem seu compatriota e sete vezes campeão da Volta da França, Lance Armstrong, que foi absolvido no ano passado da acusação de ter usado substâncias ilegais.
Enquanto isso, o advogado de Landis, Maurice Suh, disse que a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) está tão decidida
“Isso é uma vergonha”, disse Suh, que argumentou que os técnicos que conduziram as análises eram incompetentes e que suas equipes eram falhas. No entanto, Richard Young, advogado da USADA, defendeu o laboratório de Paris, alegando que as provas haviam sido confrontadas de forma independente.
Na audiência, concluída no último dia 23 de abril, três peritos apontaram o uso de testosterona por parte de Landis. Se for considerado culpado, o norte-americano pode pegar dois anos de suspensão e ser o primeiro vencedor da Volta da França a ter seu título cassado.
Enquanto isso, na Itália, a agência antidoping do país pediu nesta segunda-feira a suspensão preventiva de Ivan Basso, vencedor da Volta da Itália do ano passado. Na semana passada, o ciclista havia admitido que tentou usar substâncias proibidas mas que não concretizou tal intenção, e que havia tomado parte no escândalo de doping conhecido como “Operação Porto”, que envolveu 50 ciclistas no ano passado.
O Comitê Olímpico Italiano (CONI) revelou em sua página oficial na internet que já levou o pedido à comissão disciplinar da federação de ciclismo local. Além de Basso, a entidade também pediu a suspensão do ex-ciclista Michelle Scarponi, que também esteve envolvido na Operação Porto.