Campeão da última edição da Volta da França, Floyd Landis atacou novamente a credibilidade dos testes realizados pelo laboratório francês Chatenay-Malabry, que conduziu seus exames de contraprova e reafirmou ter encontrado traços de testosterona sintética na amostra B de urina do ciclista.
“Se o sistema é para ser objetivo, deveria ser mandado para uma firma que não precisa ser cobrada pelos seus serviços”, contestou o ciclista, em entrevista concedida a um programa de rede aberta dos Estados Unidos.
Nesta segunda-feira, o jornal francês L’Equipe confirmou que as amostras de urina cedidas pelo norte-americano apresentavam substâncias ilegais. Landis, no entanto, negou a validade dos resultados. Para ele, existe um complô para destruir sua carreira.
“Eu conquistei a Volta da França e tento passar essa mensagem para todos. Primeiramente, nos pediram para realizar o exame antidoping. A maioria dos ciclistas disse não. Mesmo assim, fiz o que foi pedido e o resultado deu negativo. Não há motivos para testarem a mesma amostra duas vezes”, afirmou Landis.
Durante a competição francesa, em 2006, o ciclista testou positivo para altos índices de testosterona logo após vencer a 17ª etapa. O norte-americano de 32 anos pode perder o título conquistado na França e ser suspenso por dois anos.
Landis e seu advogado, Maurice Suh, acreditam que os resultados dos testes realizados pelo laboratório Chatenay-Malabry vazaram para a imprensa, ou pela própria clínica ou pelos promotores ligados à Agência Norte-americana Antidoping. Caso os resultados forem confirmados, o ciclista será o primeiro a ter seu título retirado em 104 anos de história da Volta da França.