O ciclista Lance Armstrong anunciou, nesta quarta-feira, que não ocupará mais o cargo de presidente da Livestrong, fundação criada por ele que tem como objetivo combater o câncer. O ex-atleta perdeu o patrocínio da Nike e quer minimizar os danos do escândalo de doping no qual se envolveu.
Na última semana, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) divulgou um relatório detalhado sobre as acusações de uso de substâncias ilícitas para melhorar o desempenho no esporte.
O documento incluiu o depoimento de 11 ex-companheiros de equipe do ciclista e a Usada determinou que os 14 anos de carreira de Lance Armstrong fossem ignorados, bem como os seus sete títulos na tradicional Volta da França.
A Fundação Lance Armstrong, que ficou conhecida como Livestrong, atua desde 1997 e já arrecadou US$ 500 milhões, cerca de R$ 1 bilhão, para auxiliar pacientes com câncer. A entidade irá comemorar os 15 anos de existência no próximo final de semana. Apesar de ter deixado o cargo de presidente, Armstrong segue no conselho da entidade.
O norte-americano também sofreu com o câncer, em 1996, mas conseguiu superar a doença e se motivou para fundar a organização. O ciclista sempre afirmou ser inocente das acusações, mas cansou de lutar contra a Usada para provar que não estava envolvido com o doping.