Clara Carvalho
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As regiões administrativas do Lago Sul e Norte marcam o retorno da série Esporte pelo DF, que mapeia os locais onde os brasilienses podem se dedicar à prática desportiva. Dessa vez, o foco é nos esportes aquáticos, já que o Lago Paranoá permite uma ampla variedade de modalidades em suas águas e margens.
Além de proporcionar um clima mais ameno e acrescentar beleza à paisagem da cidade, hoje o Lago é utilizado por cerca de 11 mil embarcações – a terceira maior frota náutica do Brasil – e por centenas de praticantes de esportes aquáticos.
A cada dia o espaço é mais utilizado, principalmente para a prática de esportes alternativos como windsurf, stand up paddle e kitesurf. Entretanto, mesmo com o aumento das atividades, os atletas ainda reclamam da dificuldade de acesso ao Lago.
No planejamento original da cidade, as margens do Lago Paronoá deveriam ter ao menos trinta metros livres. Com a maior parte da orla obstruída por casas e clubes, hoje existem poucos pontos de acesso às águas. “Brasília é carente de lazer ao ar livre. Infelizmente o Lago não é um local democratizado. Podemos utilizar os nossos equipamentos, mas sempre temos que estar ligados a algum movimento ou clube”, explica o empresário Leonardo Oliveira, que pratica kitesurf.
Relação de troca
O sentimento de Leonardo é compartilhado pelos demais atletas e esportistas que utilizam as águas do Lago Paranoá.
É o caso do professor e atleta de remo Pedro Borges. “Tenho uma relação de troca. O Lago é que dá o meu sustento e meu prazer. Só quem o utiliza e está todo dia dentro da água sabe a importância do espaço. É importante que a população do DF defenda este patrimônio e o utilize”, cobra o professor, que também costuma pescar no Lago.
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