Se passar, o Brasil enfrenta a Holanda na rodada seguinte. Caso consiga um lugar na semi, o adversário será uma destas três equipes: Japão, França ou Oceania. A competição inteira é disputada em único dia e o canal SporTv anuncia transmissão das disputas a partir das 4h30min (horário de Brasília) de domingo. Por conta do desempenho ruim no último Mundial individual, o Brasil não contará com representantes na disputa feminina, que será realizada neste sábado.
Em 2002, no entanto, a decepção. Numa participação a ser esquecida, os brasileiros terminaram na sétima colocação o Mundial de Equipes da Suíça. Apesar do sucesso no Mundial Individual de 2005, quando conquistou uma medalha de ouro e outra de bronze, e das duas medalhas de bronze em Atenas, a competição serve para o país reafirmar sua condição de potência o esporte.
Para surpreender os favoritos, o Brasil conta com uma equipe renovada em relação ao último Mundial. Da atual seleção, apenas Flávio Canto, Mário Sabino e Daniel Hernandes estiveram na campanha de 2002. Denílson Lourenço, Leandro Cunha, Leandro Guilheiro, Moacir Mendes, Tiago Camilo, Hugo Pessanda e Luciano Correa completam o time.
O técnico Luiz Shinohara acredita que o Brasil tenha condições de lutar pelo título, mas ressalta as dificuldades. “Estamos entre as equipes mais fortes de uma competição de altíssimo nível técnico. As principais potências do judô mundial estarão representadas e, para conquistar uma medalha, será preciso lutar muito bem, além de ter um pouco de sorte também”, avalia.
O treinador também lamenta a ausência de João Derly atual campeão mundial na categoria meio-leve. O judoca se recupera de uma contusão no ombro e só tem a volta aos tatames previstas para outubro.
Para compensar a ausência de seu principal nome, o Brasil aposta numa mescla gerações. A experiência é representada por nomes como Mário Sabino, bronze no Mundial de 2003, e Flávio Canto, bronze nas Olimpíadas de Atenas. Já a nova geração é representada por alguns judocas com resultados expressivos no pouco tempo de carreira, como o meio-pesado Luciano Correa, o leve Leandro Guilheiro e o meio-médio Tiago Camilo.
O mineiro Luciano Correa, de 24 anos, conquistou a medalha de bronze no Mundial do Egito, em 2005, e é apontado como uma das principais promessas do judô nacional. Em Paris, ele terá a missão de mostrar que o resultado expressivo no Mundial não foi acidente e ganhar experiência para competições futuras.
Já Tiago Camilo terá a chance de participar de uma competição sem precisar disputar uma vaga com o rival Flávio Canto. Prata em Sydney, o judoca ficou de fora das últimas Olimpíadas e destaca a diferença de participar de uma competição por equipes. “É interessante esse formato porque fazemos tudo pelo grupo. Ganhamos e perdemos juntos. Quando lutamos, queremos dar mais em nome dos companheiros também”, diz.
Leandro Guilheiro, por sua vez, quer colocar fim à instabilidade desde que conquistou o bronze em Atenas. Com apenas 23 anos, o peso leve passou por duas cirurgias desde então e não conseguiu repetir o desempenho das Olimpíadas no Mundial de Egito, quando foi eliminado nas quartas-de-final.
Entre os principais adversários, o Brasil terá pela frente o Japão, atual campeão do torneio, e as tradicionais França e Rússia. Também participam da competição as seguintes equipes: Argélia, Coréia, Cuba, Egito, Geórgia, Holanda, Hungria, Israel, Mongólia, Tunísia e Oceania.
Os confrontos são eliminatórios com repescagem olímpica, ou seja, as equipes perdedoras para os semifinalistas disputam a repescagem para brigar pelo bronze. Em cada confronto, há luta entre os países nas sete categorias e quem conseguiu mais vitórias segue no torneio.
Confira todos os brasileiros e suas respectivas categorias no Mundial por Equipes:
Ligeiro (-60 Kg)- Denílson Lourenço
Meio-leve (-66kg)- Leandro Cunha
Leve (-73kg)- Leandro Guilheiro e Moacir Mendes Jr
Meio-médio (-81kg)- Flavio Canto e Tiago Camilo
Médio (-90kg)- Hugo Pessanha
Meio-pesado (-100Kg)- Mario Sabino e Luciano Correa
Pesado (+100kg): Daniel Hernandes
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