A meio-médio Vânia Ishii não foge da responsabilidade. Veterana da seleção brasileira de judô, ela reconhece que não começou bem a briga pela vaga na equipe que estará nos Jogos Pan-americanos do Rio, em julho. “A Danielle (Yuri) está melhor que eu”, diz sobre sua adversária na disputa.
Na primeira etapa de avaliação das duas pré-classificadas, a temporada de competições na Europa, Danielle ficou em sétimo lugar na Super Copa do Mundo de Paris. Vânia foi derrotada na estréia na Copa do Mundo de Praga.
Filha do primeiro medalhista olímpico nacional da modalidade, Chiaki, Vânia enfrentou problemas por causa de uma antiga lesão: uma lombalgia que a acompanha desde 1992. “Voltei com uma lesão e estou sempre me cuidando”, explica a judoca.
Completamente recuperada, ela garante que a partir de agora entra para valer na briga pela vaga. “Estou 100%, me preparando e bem animada porque é nas derrotas que a gente aprende mais”.
O próximo desafio é a participação brasileira na Copa Judogui Dourado, em Cuba, para onde a seleção embarca nesta terça-feira. No início do próximo mês, os candidatos à classificação enfrentam o último desafio, disputando a Copa do Mundo,
“É a hora da verdade”, reconhece a atleta de 33 anos, judoca desde os 3. “Está sendo um grande desafio para mim”, diz, considerando a situação mais um estímulo que um aborrecimento. “Esta história de ser veterana é uma armadilha”, avalia. “Foi bom ter perdido para poder filtrar tudo. Eu poderia ter me acomodado, mas não foi isso que aconteceu. Minha motivação cresceu muito após a etapa da Alemanha”.
