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Judoca Daniel Hernandes quer voltar com tudo para a seleção brasileira

Arquivo Geral

24/08/2007 0h00

Um dos componentes mais antigos da seleção brasileira de judô, Daniel Hernandes está de volta. Depois de ter perdido sua vaga no Pan-americano para João Gabriel Schilliter, ele ganha nova chance no Mundial da modalidade, onde lutará pela categoria absoluto. Trata-se do primeiro passo para retomar seu lugar entre os pesados e disputar sua terceira Olimpíada consecutiva.

Teoricamente aberta a qualquer peso do judô, na prática, o absoluto, reúne em sua maioria atletas do pesado (acima de 100kg), com alguns meio-pesados (até 100kg) e pouquíssimos médios (até 90kg). E é justamente nesta espécie de categoria “B” entre os pesados (não existe competição de absoluto nas Olimpíadas) que Hernandes quer dar a volta por cima.

Sua primeira convocação para a seleção brasileira veio em 1998. Desde então, ele jamais saiu da equipe, apesar de ter perdido espaço para Schilliter – seu prestígio junto à comissão técnica é tanto que ele continuou treinando com o grupo, em uma espécie de “reserva”.

A fase mais complicada da carreira do judoca teve início a pouco menos de um ano, em dezembro de 2006, quando ele se submeteu a uma cirurgia para corrigir um problema crônico no cotovelo esquerdo, o que ele mais utiliza durante as lutas. “Fazia quatro anos que eu estava com esse problema, mas adiando a cirurgia. Até que não aguentei mais e pedi para operar em dezembro do ano passado. Eu já tinha feito duas cirurgias no joelho e em um mês estava de volta, por isso achei que seria igual. Só que não foi tão fácil”, admite o judoca.

Dono da medalha de ouro no Pan de Santo Domingo, em 2003, Daniel viu seu desempenho despencar nas avaliações programadas para etapas da Copa do Mundo e do Circuito Pan-americano. “Acabei lutando mal, não consegui pegar legal no quimono dos adversários. Estava muito tenso porque valia a vaga no Pan. Tinha um monte de fatores que acabaram se juntando e indo contra mim”, relata.

O resultado não poderia ser outro: ficou de fora do torneio no Rio de Janeiro. E não esconde a sua decepção com isso. “Estava meio revoltado e decidi não assistir o Pan. Só que na última hora, resolvi ir ao Rio. Vi só as lutas do pesado. Isso me fortaleceu e agora uso esta lição para lutar melhor e me dedicar aos treinos”, conta.

Passado o pior, o atleta acredita estar entrando em uma grande fase. “Cometi erros em outras competições por culpa da falta de experiência. Mas hoje tenho 28 anos e esta é uma fase onde taticamente se consegue lutar melhor. A experiência não te deixa cometer erros por afobação”, declara.

Com as lições assimiladas, ele assegura que está preparado para as possíveis armadilhas do Mundial. “No absoluto, temos que tomar cuidado com o pessoal meio pesado e médio porque no começo da luta eles tentam ganhar na velocidade cansando o pesado, que teoricamente é mais forte. Tenho que me impor desde o começo”, explica.

Por outro lado, Daniel evita falar em previsões de resultados na competição. “O pessoal que vai estar no Mundial é forte e será uma competição bem difícil, mas espero poder lutar bem. O resultado vai fluir de acordo com o que eu estiver lutando no dia”, assegura.

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