Se fosse uma atleta de alto rendimento, Brasília estaria no ápice da forma. A cidade, que completa hoje 55 anos, continua exportando representantes das mais variadas modalidades não só para o Brasil, mas também para o exterior.
Prova disso são Oscar Schmidt, Nelson Piquet e, mais recentemente, Felipe Nasr. Além desses, que exaltam o orgulho de terem, ao menos, crescido na capital, outros vão além e carregam, nos apelidos, o nome de Brasília.
Um dos casos mais emblemáticos é o do ex-ponta-direita Junior Brasília. Jogador habilidoso, passou pelo extinto time do CEUB Esporte Clube antes de se transferir para o Flamengo, em 1976. À época, o mineiro, que veio para Brasília ainda criança, era conhecido apenas como Junior. O problema é que o Rubro-negro já contava com um certo Leovegildo Lins da Gama Junior que, naturalmente, era o dono da alcunha. O jeito, então, foi anexar o nome da cidade ao próprio nome.
“Para mim, é uma responsabilidade muito grande ter carregado o nome de Brasília junto com o meu. Ao mesmo tempo que é a capital do País, é um dos lugares mais bonitos do Brasil”, opina.
O jogador ainda vive do futebol, uma vez que dá treinos da modalidade no Sesi de Taguatinga. Por aqui, o professor gosta de passear no Guará e em Taguatinga.
Do DF para o mundo
Foi também por meio do futebol que um atacante de 1,73m, nascido em Luziânia, mas criado em Samambaia pode conhecer outros países e, de forma indireta, se tornar um guia de turismo da capital. Aos 33 anos, Wesley Brasília atualmente defende o Anápolis, mas já jogou em times da cidade como o Brasiliense e o próprio Brasília.
Ao longo da carreira, iniciada no final dos anos 90, no Vila Nova-GO, surgiu o apelido que o marcaria pelo resto da vida. “Quando subi da base para o profissional, já tinha outro Wesley no time. Podiam mudar meu apelido, mas adicionaram o Brasília e eu gostei.”
Para o atacante, que elenca o Parque de Águas Claras e a Torre de TV como lugares favoritos, a carreira o levou a lugares distantes, como o Peru e o Irã. No país asiático, conquistou o título local e tirou o Persepolis da fila que já durava cerca de cinco anos. O caneco foi tão festejado que a cidade de Teerã, onde está sediado o clube, teve feriado de três dias. “É um orgulho muito grande as pessoas me ligarem e falarem ‘e aí, Brasília’. O nome da cidade virou meio que meu sobrenome.”