Ela nunca jogou no Brasil e fala um português fluente sem nunca ter pisado em uma sala de aula para aprender a língua. Natural da Alemanha, Barbara Wezorke, a caçula do Brasíli/Vôlei, sempre teve o desejo de visitar o País número um do vôlei de quadra masculino e feminino, de acordo com o ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
O português perfeito vem do convívio com duas brasileiras quando dividiam a quadra em 2011. Uma delas é a líbero Erika Carvalho, amiga com quem divide um apartamento em Águas Claras.
Desde então, as colegas sempre a incentivaram a conversar na língua, o que aumentou o interesse pelo Brasil. “Sempre tive dificuldades para estudar, mas como a Érika não falava nem inglês e nem alemão, então fui forçada a isso”, explica a meio de rede de 1,87 m. De acordo com ela, o português é “mais bonito, suave e interessante de aprender, mais até do que o espanhol”. A maior dificuldade da língua é entender as piadas.
Há três meses na cidade, Barbara foi receptiva ao abrir as portas de seu apartamento, mas tentou esconder uma parede cheia de fotos de chocolate. Fã assumida do doce, ela afirma que a decoração é uma forma de escapar da tentação.
Missão não é substituir Dani Scott
Única estrangeira do elenco, Barbara assume a posição antes ocupada pela norte-americana Danielle Scott – também meio de rede. A alemã, no entanto, não assume a responsabilidade que Dani tinha na equipe.
“Sou muito nova e todos sabem que não tenho a experiência que a Dani tem. Ao contrário de mim, ela veio para ajudar o time em um momento de estreia. Acho difícil ser titular absoluta. Vim ao Brasil apenas para aprender”, conta.
Na temporada passada da Superliga, Barbara e Érika passaram duas semanas em Brasília. Na época, o Brasília/Vôlei vivia os seus primeiros treinos e as duas aproveitaram para “aquecer” antes de voltar à Alemanha.