A medalha de prata conquistada por Jade Barbosa no salto sobre o cavalo na etapa de Cottbus da Copa do Mundo de Ginástica contou com um pequeno empurrão das estrelas da seleção brasileira poupadas da viagem à Europa . A carioca de apenas 1,49m, estreante em competições internacionais da equipe adulta, revelou que contou com as dicas de Daiane dos Santos, Laís Souza e Daniele Hypólito antes do embarque.
“A Daiane me pediu para ter calma e fazer os exercícios com tranqüilidade. Ela disse que o resto eu já sabia fazer. A Laís e a Dani falaram a mesma coisa”, afirmou Jade, que chegou segunda-feira à noite a Curitiba, base da Confederação Brasileira de Ginástica, e retomou os treinamentos na manhã seguinte com o técnico Oleg Ostapenko. A treinadora Irina Ilyashenko, que comandou as atletas nos torneios na França e na Alemanha, foi rever os parentes na Ucrânia.
Jade debutou em Copas do Mundo depois de alcançar a idade mínima de 16 anos. Em Paris, esteve perto de alcançar o pódio, algo que nem mesmo Daiane, seu maior ídolo no tablado, conseguiu em sua primeira participação, coincidentemente também
No geral, Jade acredita que sua participação foi boa e superou as suas próprias expectativas – foi à final no salto e nas barras paralelas na França e em Cottbus só não se colocou entre as oito finalistas nas paralelas. “Gostei dos meus exercícios nos quatro aparelhos. Procurei fazer o que sei e fazer certo. A medalha foi conseqüência. Estou muito feliz, porque não esperava conquistá-la tão cedo”, comentou.
De volta ao centro de excelência de Curitiba, Jade afirmou que agora vai intensificar a preparação para garantir sua vaga na seleção que vai aos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. “É um sonho que sempre tive. Todas as atletas sempre ficam imaginando quando disputarão o Pan pela primeira vez”, observou, acrescentando que o terceiro lugar da mexicana Elisa Garcia no salto sobre o cavalo em Cottbus não a surpreendeu. “Eu já a conhecia de torneios juvenis. Ela é uma boa atleta e, com certeza, será uma adversária difícil nos Pan-Americanos”, emendou.
Juliana Santos, a outra menina da delegação brasileira, também ficou satisfeita com sua atuação em ambas as etapas. O melhor resultado da gaúcha de 16 anos foi o 10º lugar nas paralelas na Alemanha. “Foi legal disputar contra algumas adversárias que virão aos Jogos Pan-Americanos. A ginástica brasileira já é respeitada no exterior e está acima da maioria dos outros países do continente. Os Estados Unidos têm uma equipe forte, mas estamos na frente das demais”, apontou.