A iraniana Ghoncheh Ghavami, de 25 anos, foi condenada em seu país, no último domingo, a um ano de prisão pelo desejo de assistir a jogos de vôlei ou qualquer outro evento masculino. Ela foi denunciada por divulgar propaganda contra o Estado.
No entanto, segundo o advogado de Ghavami, Alireza Tabatabaie, a pena poderá ser reduzida por conta de bons antecedentes. A jovem, que também tem cidadania britânica, estuda Direito na Universidade de Londres e é graduada na Escola de Londres de Estudos Orientais e Africanos.
No dia 20 de junho, a iraniana, ao lado de outras 40 protestantes, foi detida no Ginásio Azadi, em Teerã, por reivindicar a possibilidade de mulheres assistirem ao jogo entre Irã e Itália, pela Liga Mundial Masculina de Vôlei.
Naquela ocasião, Ghavami pagou fiança e foi liberada. Após dez dias, porém, a iraniana voltou à delegacia para buscar alguns objetos pessoais e acabou presa novamente.
Ghoncheh Ghavami, apesar das represálias de seu país natal, conta com o apoio de pessoas do mundo inteiro para conseguir sua libertação. O autoritarismo do Irã acarretou em uma mobilização internacional, a campanha #FreeGhonchehGhavami (Libertem Ghoncheh Ghavami), que já recolheu mais de 700 mil assinaturas.