
Filha de mãe solteira e moradora de uma comunidade carente. Características que assemelham-se a histórias de muita gente, mas não por um detalhe: Ingrid Batista tem apenas 18 anos e ostenta na cintura a faixa preta de judô. Para um atleta chegar a este patamar é necessário, no mínino, 12 anos de prática initerruptos.
Atual vice-campeã regional, ela garante que a receita de tamanho sucesso veio com a perseverança e a paixão pelo esporte. “Comecei a praticar quando tinha sete anos e nunca oscilei. Nunca desanimei ao ponto de querer parar”, explica a estudante.
Hoje, num grau mais elevado, Ingrid garante que a faixa preta marca, não o fim, mas sim o início no esporte. “Muita gente chega aqui achando que sabe demais. Mas depois que e faixa chega é que você vai cair na real e começar a aprender o esporte direito”, conta.
As amigas do bairro foram foram as grandes mediadoras entre Ingrid e a modalidade. Porém, logo nos primeiros contatos com o tatame, ela foi pêga de suspresa. Com apenas dois dias de prática e o interesse quase que instantâneo no judô, Ingrid quebrou a clavícula e se afastou do esporte por mais de um mês.
A mãe, sempre arcou com as despesas das viagens da filha, mesmo que isso custasse o sacrifício financeiro de outras necessidades em casa.
“Quando machuquei, pensei que não ia mais voltar, mas minha mãe sempre me apoiou mais do que o normal e foi a minha grande força para voltar”, recorda. Mesmo depois de 11 anos do acidente, Ingrid afirma que a clavícula ainda a incomoda.
Mais um degrau
Ontem, 50 atletas de Brasília foram mostrar as suas habilidades judocas no ginásio da Candangolândia com o objetivo de trocar de graduação – apenas os faixa preta e marrons participaram.