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Incerteza no futuro da equipe do Vizinhança/Brasília

Arquivo Geral

02/09/2014 7h34

Foto: Elio RizzoAcolhidas, instaladas e prontas para entrar em quadra para defender o Vizinhança/Brasília, as três contratações do clube Micaela Jacinto (ala), Franciele Nascimento (pivô) e Ariani Silva (armadora) mal chegaram e já encontraram um impasse: a incerteza do futuro do elenco.

Isto porque o time vive clima tenso para conquistar patrocinadores, pois os antigos alegaram não ter recursos para apoiá-lo nesta temporada da Liga de Basquete Feminino (LBF). 

Recém-chegadas de um período de descanso, as atletas abriram as portas do apartamento conjunto alugado pelo clube e desabafaram ao Jornal de Brasília.

Sem muito o que fazer a respeito, as atletas não aceitam a situação e esperam que tudo se resolva o mais rápido possível. “Não existe a possibilidade de o time não entrar em quadra. Dificuldades todos passam e a maioria resolve. Não é concebível a ideia de um projeto como este acabar”, desabafa Micaela.

A ala estava no Maranhão na última temporada e não hesitou quando recebeu a proposta para vir ao DF. Franciele estava no Recife  e Ariani no extinto Ourinhos (SP).

Caso nada seja resolvido, o clube terá de devolver o apartamento, a quadra e toda a estrutura montada para o time.

Situação já conhecida

 Esta não é a primeira vez que a nova armadora, Ariani Silva, de 25 anos passa por situação semelhante à que está acontecendo com o Vizinhança/Brasília.

Ex-integrante do Ourinhos Basquete, ela viu sua equipe parar as atividades assim que a temporada passada da LBF acabou.

Sem patrocínios a diretoria se viu forçada a fechar as portas. “É uma situação complicada demais e triste ao mesmo tempo. Não quero que isso aconteça também com o Vizinhança”, comentou a atleta.

O Ourinhos Basquete foi fundado em 1997. Em dezessete anos, o time conquistou oito títulos Paulistas, cinco Brasileiros, um Sul-Americano, além de outros campeonatos como Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior.

Diretoria vai atrás do GDF

Depois de tanto insistir com autoridades esportivas de Brasília, a diretora do time do Vizinhança, Renata Ribeiro, tenta mais uma cartada. Desta vez, a procura será pelo apoio do governo do Distrito Federal. 

Desde o último dia 30 de julho Renata espera uma audiência com o governador, mas até agora não recebeu nenhum retorno.

“Enviei um ofício e reconheci firma para provar. Se o governador não puder fazer nada, aí eu também não sei o que fazer”, diz Renata.

O tempo corre

Ela deve dar uma resposta definitiva ao clube até o próximo dia oito. Pois, sem patrocínio, é o próprio clube Vizinhança quem arca com os salários e despesas das atletas recém-contratadas.

Entenda o caso

Acabou o dinheiro

Em junho, o Vizinhança começou a anunciar os novos nomes para defender o clube na temporada 2014/15 da LBF. 

Micaela, Ariani e Franciele já fizeram parte da seleção brasileira durante os últimos anos. No entanto, é a jovem ala Cacá quem está atualmente disputando o Mundial da categoria pelo time principal do País.

Para arcar com os salários e despesas das atletas, o time do Vizinhança/Brasília precisaria mais do que nunca dos principais patrocinadores. Na temporada passada cada um arcou com R$ 300 mil e neste ano a intenção era aumentar o valor para manter um time mais competivivo, pois o passado serviu apenas para lançar a equipe de Brasília no cenário nacional.

Ambas as empresas alegaram não ter mais recursos financeiros  para investir no elenco feminino e a diretoria do clube corre contra o tempo para reunir novos patrocinadores antes que a temporada comece, 

em novembro.

 

 

 

 

 

 

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